DADOS DO IBGE

Inflação de fevereiro acelera para 1,31%, impulsionada por energia elétrica e educação

Por Redação - Em 12/03/2025 às 9:51 AM

Energia Elétrica Interruptor Tomada Agência Brasil

O principal responsável por essa aceleração foi o setor de energia elétrica residencial, que teve um aumento significativo de 16,80% em fevereiro FOTO: Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, apresentou uma aceleração de 1,31% em fevereiro, conforme divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo dos últimos 12 meses, o índice alcançou 5,06%, superando os 4,56% registrados no período anterior.

Este é o maior aumento para o mês de fevereiro desde 2003, de acordo com a série histórica do IBGE. Em janeiro, o IPCA havia registrado um crescimento mais moderado, de apenas 0,16%.

O principal responsável por essa aceleração foi o setor de energia elétrica residencial, que teve um aumento significativo de 16,80% em fevereiro, impactando diretamente o índice em 0,56 ponto percentual (p.p.).

Segundo o IBGE, aproximadamente 92% da variação de fevereiro é explicada por quatro dos nove grupos de produtos e serviços analisados: habitação, educação, alimentação e bebidas, e transportes.

No grupo de habitação, a variação foi de 4,44%, após uma queda de 3,08% no mês anterior. A principal causa desse aumento foi a mudança nos custos com a energia elétrica residencial, em razão do fim do Bônus de Itaipu, que proporcionava descontos nas contas de energia em janeiro. Isso fez com que o subitem energia elétrica passasse de uma redução de 14,21% para uma alta de 16,80%.

Já no setor de educação, a variação foi de 4,70%, com impacto de 0,28 p.p. no índice geral. Esse crescimento é explicado pelos reajustes nas mensalidades escolares, típicos no início do ano letivo, especialmente no ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).

Por outro lado, os preços de alimentos e bebidas desaceleraram de 0,96% em janeiro para 0,70% em fevereiro. Dentro deste grupo, os itens com maior alta foram o ovo de galinha (15,39%) e o café moído (10,77%). As quedas mais expressivas ocorreram na batata-inglesa (-4,10%), arroz (-1,61%) e leite longa vida (-1,04%). O aumento do café foi impactado por problemas na safra, enquanto o preço do ovo subiu devido à maior demanda e dificuldades na produção, agravadas pela gripe aviária nos Estados Unidos.

Os preços dos transportes também apresentaram desaceleração, com variação de 0,61%, comparado a 1,30% em janeiro. O aumento nos combustíveis, como o óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%), foi o principal fator, com a gasolina sendo responsável pelo segundo maior impacto no índice, com 0,14 p.p.

Os outros grupos de produtos e serviços apresentaram os seguintes resultados: artigos de residência (0,44%), vestuário (0,00%), saúde e cuidados pessoais (0,49%), despesas pessoais (0,13%) e comunicação (0,17%).

 

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