Sede do JPMorgan Chase & Co em Nova York./ Foto: Reuters

O JPMorgan elevou suas estimativas para a probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos até o final deste ano para 35%, um aumento em relação aos 25% previstos no início do mês passado. Este ajuste reflete um reconhecimento das condições de enfraquecimento no mercado de trabalho e sinais iniciais de cortes de empregos, conforme apontado em um relatório recente por economistas do banco, liderados por Bruce Kasman.

Apesar do aumento na previsão de curto prazo, a instituição manteve a probabilidade de uma recessão no segundo semestre de 2025 em 45%. O relatório também destacou uma revisão nas expectativas do banco para a política monetária, com uma diminuição significativa na probabilidade de que o Federal Reserve e outros bancos centrais mantenham taxas de juros elevadas por um período prolongado – agora visto em apenas 30%, contra 50% de chance anteriormente estimada.

Diante da redução das pressões inflacionárias, o JPMorgan antecipa que o Fed realizará cortes nos juros, reduzindo-os em 0,50 ponto percentual tanto em setembro quanto em novembro deste ano. Paralelamente, o Goldman Sachs apresenta uma visão um pouco mais conservadora, avaliando em 25% a chance de uma recessão ocorrer dentro de um ano.

Os economistas do banco também observaram que uma recessão global e nos EUA “provavelmente resultaria em uma flexibilização acentuada e imediata das políticas” por parte dos bancos centrais, sugerindo uma resposta rápida e significativa às mudanças nas condições econômicas. Estas análises refletem uma crescente preocupação com a estabilidade econômica e a possibilidade de um ajuste significativo na política monetária em resposta a um potencial declínio econômico.