A chegada de empreendimentos ligados à produção de energia renovável vai transformando o Ceará em referência mundial quando o assunto é descarbonização da economia, aplicação de políticas ESG, incluindo também os cuidados com o meio ambiente e o uso inteligente de recursos naturais. Esse ecossistema ambiental e de negócios não passa despercebido pelos grandes players do setor energético. Uma dessas empresas vem apostando alto no potencial cearense: a Kroma Energia.

Complexo Apodi possui meio milhão de painéis fotovoltaicos em Quixeré

A empresa pernambucana, fundada em 2008, é alinhada às tendências mundiais do setor energético, atuando na gestão, comercialização e geração de energia elétrica no Mercado Livre de Energia. O grupo chegou ao Ceará em 2018, no município de Quixeré, onde foi erguido o Complexo de Usinas Fotovoltaicas do Apodi, com capacidade instalada de 162 megawatts (MW). Por lá, meio milhão de painéis fotovoltaicos foram instalados numa área equivalente a 400 campos de futebol, sob um investimento de R$ 700 milhões.

“O Ceará tem ambiente favorável para negócios, com ótimos pontos de conexão no governo e mercado. Além do espírito empreendedor cearense, o Estado possui uma vocação incrível para a produção de energia renovável. Estamos falando de vento e da irradiação solar”, explica Rodrigo Mello, CEO da Kroma Energia.

Em abril deste ano foi a vez de Jaguaruana, no Vale do Jaguaribe, ser apresentada ao novo projeto fotovoltaico, batizado de Arapuá, complexo que terá um total de oito usinas. Em parceria com a Superintendência do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Semace), a Kroma apresentou à população do município os investimentos, estudos técnicos de impacto e a geração de uma nova mão de obra local.

Empregos

A expectativa é de gerar ao longo do processo de construção, instalação e manutenção, cerca de 1.500 empregos diretos e 400 indiretos. “É importante parabenizar a empresa Kroma Energia por vir para Jaguaruana, o que fortalece o empreendedorismo e emprego, movimentando nossa economia”, comemorou José Elias de Oliveira, prefeito da cidade.

Rodrigo Mello destaca a inovação na geração de energia renovável

Após instaladas, as placas solares passam a ocupar aproximadamente cerca de 900 hectares, correspondendo, em tamanho, à área de mais de 1.200 campos de futebol. O Complexo Arapuá, que tem potencial para gerar 500 MWp, foi enquadrado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), na forma do art. 2º, § 1º, inciso III, do Decreto nº 8.874, como projeto prioritário. Os investimentos da Kroma Energia, para esta obra, giram em torno de R$ 1,7 bilhão.

“A indústria de geração de energia renovável está sempre se atualizando. Além de você ter um custo competitivo, também é gerada uma cadeia de empregos, contribuindo para a aceleração da economia local. Estes empreendimentos, no sertão, deixam um legado incrível, em educação preparatória de mão de obra qualificada. O legado também fica na qualidade de vida, porque melhora a renda dos trabalhadores”, explica o CEO da Kroma.