SETOR AÉREO
Latam pede Recuperação Judicial nos EUA e Lufthansa receberá 9 bilhões de euros do governo alemão para reestruturar-se
Por Marcelo - Em 26/05/2020 às 5:07 PM
Duramente afetado pela pandemia do novo coronavírus, o grupo Latam Airlines entrou com um pedido de Recuperação Judicial nos Estados Unidos, nesta terça-feira (26), de suas subsidiárias instaladas na Colômbia, Chile, Equador, Peru e nos Estados Unidos.
Trata-se de uma reestruturação voluntária de sua dívida – com proteção do capítulo 11 da lei de falências norte-americana – que possibilita um prazo para a reorganização financeira das empresas. As operações da Latam no Brasil, Argentina e Paraguai estão fora desse pedido.
Em nota oficial, a Latam que o dessa forma conseguirá realizar negociações “com credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade”.
Segundo a companhia aérea, já existe um aporte financeiro da ordem de US$ 900 milhões, garantido por seus principais acionistas, como as famílias Cueto e Amaro, além da Qatar Airways.
Especificamente em relação às operações da companhia no Brasil, a nota informa que: “a entidade da Latam no Brasil está em discussão com o governo brasileiro sobre os próximos passos e suporte financeiro às operações brasileiras”.
Antes da pandemia de Covid-19, a Latam realizava 1.400 voos diários, transportando 74 milhões de passageiros por ano entre 26 países, tendo 42 mil colaboradores. No mês passado os voos reduziram em 95% e isso resultou na demissão de 1.400 pessoas no Chile, Peru, Colômbia e Equador.
Lufthansa
Na Alemanha, o governo de Angela Merkel fechou um acordo para resgatar a companhia aérea Lufthansa, da ordem de 9 bilhões de euros, em decorrência dos problemas gerados pela pandemia de Covid-19. Com isso, o governo alemão teria 20% das ações da empresa.
Apesar disso, o repasse desse volume de recursos ainda deverá ser aprovado pela Comissão Europeia, além do Conselho de Administração e pela Assembleia Geral daquela que é uma das maiores companhias aéreas da Europa.
E esta é apenas uma pequena parte do pacote de resgate da economia alemã, anunciado ontem em Berlim, que deve envolver um total de 1,1 trilhão de euros. “Uma cifra sem precedentes para a Alemanha, desde a Segunda Guerra Mundial”, afirmou o ministro de Finanças e vice-chanceler alemão, Olaf Scholz.