O Lide Ceará realizou nesta segunda-feira (15), no Hotel Gran Marquise, o Fórum de Sustentabilidade da Região Nordeste para discutir desafios e oportunidades para o desenvolvimento da região, especialmente na área de descarbonização e créditos de carbono. Também participam do evento Paulo Câmara (presidente do BNB), Beto Studart (CEO do Grupo BSPAR), Carlos Rotella (presidente-executivo do Grupo Edson Queiroz – GEQ), Lauro Fiúza Júnior (presidente do conselho do Grupo Servtec) e João Silvério (sócio líder da Grant Thorton em Consultoria Empresarial e especialista em ESG, crédito de carbono e economia verde).

A presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, abriu os trabalhos e destacou que o Fórum de Sustentabilidade integra uma sequência de iniciativas realizadas junto ao Banco do Nordeste, pois esta pauta abrange não só a questão ambiental, mas também social. E nesta edição o foco principal foram as questões ambientais. “Provocamos o BNB a trazer o olhar dele sobre os desafios e as oportunidades que temos na região. E temos a participação de representantes de três empresas cearenses que são referência na área de ações sustentáveis“, afirma.

Emília Buarque abriu o evento e ressaltou a relevância do conteúdo debatido durante o Fórum

Ela ressaltou que na área da construção civil a BSPAR já recebeu o Selo Leed Gold, que é uma importante certificação internacional de sustentabilidade, num setor que gera milhares de empregos. “Temos também a Servtec que é essencialmente sustentável no seu core business, mais e primeira referência em energias renováveis no Ceará e no Brasil. Por fim, o Grupo Edson Queiroz apresentará o seu case, pois trata o ESG de forma prioritária e vai apresentar várias ações de economia circular, descarbonização, dentro desse escopo”, salienta.

E destaca que nesta edição o Lide Ceará queria trazer um tema novo, no qual muitas empresas ainda não estão tão afeitas ao mercado de crédito de carbono. “Há uma imposição cada vez maior para que as empresas se descarbonizem. Umas precisarão comprar esses créditos e outras precisarão vendê-los. Então, é para entender um pouco desse mercado que fizemos esse grande fórum, no sentido de trazer um conteúdo útil, que gere resultados. Assim que é o Lide“, completa Emília Buarque.

Iniciativas

Beto Studart disse que o próximo projeto BS Steel terá muito de ESG

Para o empresário Beto Studart, o tino empresarial do cearense é grandioso e os empresários daqui não perdem oportunidades. Antigamente o vento maltratava e o sol abrasador, se transformaram em riquezas e matérias-primas para a geração de energia. “Temos todas as instituições do Ceará e autoridades falando a mesma coisa e esta convergência de fatos é enriquecedora. Esse avanço e essa economia prá frente, para quem trabalha na construção civil, representa recados impressionantes. E na BSPAR temos um setor focado em projetos e certificações. Pois isso é um avançar tecnológico, com um olho na inovação, e quando você alcança um certificado internacional Leed, como no caso do BS Design que foi anunciado pelo presidente do U.S. Green Building Council para o mundo todo, isso tem um recado para nós importante. Pois sabemos que vamos ser ‘invadidos’ por executivos e presidentes de empresas, que aqui virão fixar os seus endereços. Então, já desenvolvemos um novo projeto, o BS Steel, que será todo de aço e vidro, já buscando a certificação Platinum, senão ao menos a Gold”, salienta o CEO da BSPAR.

Carlos Rotella afirmou que o GEQ vai padronizar os processos de ESG

Já o presidente-executivo do GEQ ressaltou que o grupo empresarial da família Queiroz tem uma série de iniciativa de ESG, que eram individualizadas de cada empresa e foram reagrupadas, iniciando pelos processos de segurança, saúde e meio ambiente (SSMA). “Queremos ter esses processos cada vez mais robustos dentro do GEQ e padronizados para todas as empresas. A metodologia mais conhecida e desenvolvida do mundo é a da DuPont. Eu já a adotava na Votorantim e a trouxe para cá, a fim de que cada vez mais tenhamos robustez neste processo. A partir daí, nasce toda a nossa estratégia de ESG, que estava dispersa em cada empresa, e implantaremos o processo de SSMA. E temos iniciativas como na Minalba lançamos produtos sociais desenvolvidos com a Gerando Falcões, e todo o lucro é revertido para essa organização, assim como a reciclagem das latinhas de alumínio”, conclui Carlos Rotella.