Representantes de três empresas cearenses destacaram, durante o LIDE Talks Ceará, realizado nesta terça-feira (26), que elas precisarão de adaptar a uma série de mudanças que estão sendo impostas pela pandemia do novo coronavírus. Em especial, com o novo cenário econômico e do nível de emprego num futuro próximo.

Apresentado pelo vice-presidente do LIDE Ceará, Sérgio Resende, ouviu o diretor Geral da Positive Brands, Rodrigo Carvalho, destacar que o primeiro desafio foi transformar a empresa para atuar de maneira remota, utilizando ferramentas de comunicação à distância, a fim de não deixar haver desabastecimento no mercado.

“Tivemos de acelerar a produção, distribuição e comercial, ainda mais no momento em que estávamos implementando a joint-venture com o Grupo 3Corações. Com muita determinação de nossa equipe, ampliamos para oito mil pontos de venda, disponibilizando nossos produtos para um público maior”, disse.

Lide Talks destacou que as empresas precisarão se adaptar                         Foto: Reprodução

Ressaltou que apesar de ter um valor agregado maior, trata-se de um produto mais saudável, que as pessoas estão buscando neste momento, para melhorar a sua saúde, através da alimentação, para evitar gastar com medicamentos e atendimento médico.

Por ser uma empresa alimentícia, a Positive Brands continuou sua operação, a parte administrativa foi trabalhar em home office, o seu e-commerce teve um crescimento significativo. “E vendemos para todo o Brasil, inclusive com frete grátis. Também estamos realizando doações de produtos a pessoas que estão passando por dificuldades nesta pandemia”, ressaltou.

E revelou que para o futuro deverá lançar uma linha de produtos para crianças, bem como melhorar ainda mais a qualidade dos produtos que estão atualmente no mercado. Lembrou, ainda, que o consumo de leite vegetal vem crescendo na faixa de 200% nos dois últimos anos.

Assim como o isotônico Jungle, feito com água de coco e outros produtos naturais, que vem crescendo o consumo e deverá atingir uma fatia cada vez maior de pessoas, em todo o território nacional.

“Vamos investir mais no e-commerce, inclusive com compra programada, bem como em novos centros de distribuição em outros estados brasileiros, agilizando o prazo de entrega, a fim de ampliarmos o nosso número de consumidores no Brasil”, afirmou Rodrigo Carvalho.

O diretor Administrativo Financeiro da Unifametro, Edson Ronald, destacou que a instituição vai evidenciar ainda mais o ensino à distância (EaD), bem como o seu compromisso ambiental, pois a universidade tem investido fortemente na utilização de energias renováveis.

Ronald acredita que as mudanças na educação presencial será acelerada e, no futuro, deve haver um sistema híbrido de educação superior – presencial e à distância – com o uso das tecnologias, de maneira bastante construtiva. “Afinal, será que os alunos precisam ir de segunda a sexta para a universidade, gerando aumento de trânsito nas ruas, correndo riscos devido à violência. E isso pode ser muito positivo”, disse Edson Ronald.

André Leão Ribeiro, do Grupo Fornecedora, disse que foi feito um trabalho para deixar a empresa forte, para poder passar por este momento, garantindo a tranquilidade dos colaboradores e suas famílias. Adotou, também, medidas de proteção sanitária, a fim de proteger a saúde de todos. E buscar entender as necessidades de cada cliente.

Ele lembrou que a situação do mercado vinha em ascensão e esperava-se um crescimento de 20% este ano, mas devido à pandemia, deverá haver uma queda de 10%, pois todo mundo está segurando os investimentos. Mas que a atuação da empresa no agronegócio deverá ter crescimento em todo o Nordeste, inclusive no Ceará.

“É um momento de ajuste para um novo cenário, e a gente ainda não sabe o que vai ocorrer. Há poucos setores que empregam tanto como o da infraestrutura. Então devem aumentar os investimentos no nosso setor, tanto públicos quanto privados. Acredito que teremos uma saída forte, no médio prazo”, completou André Leão.