NA PANDEMIA

Live do LIDE Ceará destaca organização e fiscalização dos gastos públicos

Por Marcelo - Em 23/04/2020 às 2:24 PM

Emília Buarque ressaltou que a economia deve ser preservada                        Foto: Portal IN News

A presidente do LIDE Ceará, Emília Buarque, comandou nesta quinta-feira (23) a Live com o tema: “Os desafios da economia brasileira face à Covid-19”, reunindo para o debate o senador Jereissati, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e o presidente do Instituto Insper, economista Marcos Lisboa.

Ela destacou que a pandemia do coronavírus é muito séria, mas é preciso que os governos não podem abandonar a atenção sobre a economia brasileira, bem como uma fiscalização firme com relação aos gastos de dinheiro público.
O senador cearense disse que estão ocorrendo discussões e votações remotas de grande importância para o Brasil, em especial neste momento tão complicado para a economia brasileira.

Tasso Jereissati diz ser preciso atenção a possíveis exageros

Tasso Jereissati destacou que todos estão unidos no combate à expansão do coronavírus pelo País, mas que não se pode esquecer que os gastos que estão sendo realizados, emergencialmente, precisarão ser pagos no futuro, possivelmente já a partir de 2021.

“O socorro a estados e municípios precisa ser feito, pois alguns entes da Federação já não estão conseguindo arcar com suas despesas básicas. Mas é preciso estarmos atentos a possíveis exageros que estejam sendo cometidos em alguns locais”, asseverou o senador.

Mansueto Almeida destacou que os gastos não podem ser permanentes 

Já o secretário Mansueto Almeida, afirmou que trata-se de um momento muito difícil no mundo todo, que começou na área da saúde e se espalhou para a economia nacional. Destacou que o Governo deve socorrer os mais vulneráveis, criar programas de apoio para pequenas empresas e para a manutenção dos postos de trabalho.

Disse que o déficit primário de 2019 foi de R$ 61 bilhões, ou 0,9% do PIB. “Este ano estamos caminhando para um déficit próximo de US$ 600 bilhões, que representa cerca de 8% do PIB. Precisamos garantir dinheiro para a saúde, garantir rendas para os informais e vulneráveis, bem como programas para evitar o desemprego”.

Ressaltou que o Orçamento de Guerra aprovado pelo Congresso Nacional, que permite a elevação dos gastos públicos, deve ser temporário. “Não pode atingir os gastos permanentes da União, pois já entramos nesta crise com um nível de endividamento muito elevado para um país em desenvolvimento”, lembrou Mansueto.

Marcos Lisboa lembrou que gastos públicos crescem descontroladamente

O economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, afirmou que o Brasil tem um histórico de baixo crescimento econômico há décadas. Uma das principais causas disso é o crescimento dos gastos públicos de maneira legal, mas descontrolada, chegando a 6% acima da inflação.

E que a carga tributária no País é muito alta e, muitas vezes, confunde pessoa física e pessoa jurídica, que tem condições, confunde o tamanho do empresário, com o tamanho da empresa, o que é muito temerário. “Também se esqueceram do tamanho do Estado, em momentos de crises passadas (2008-2009), com o anúncio de uma série de projetos de longo prazo, que não obtiveram sucesso, e com empresas que estão praticamente paralisadas”, asseverou.

“Acredito que a discussão desse momento deve estar focada nos gastos com a saúde, as pessoas mais vulneráveis, e para as empresas que estão solventes, para garantir reservas tributárias e não gerarmos possibilidade de falência em cadeia na estrutura produtiva”, ressaltou Marcos Lisboa.

Participante do debate, o empresário Beto Studart, lembrou da MP do Contrato Verde e Amarelo, que seria relevante para as empresas e jovens que pretendem ingressar no mercado de trabalho e que caducou a sua tramitação no parlamento.

Já o presidente da rede de farmácias Pague Menos, Deusmar Queirós, lembrou das dificuldades que os comerciantes estão passando e sobre a possibilidade de reabertura da atividade econômica em todo o Brasil, que ainda não está definida.

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