OTIMISMO
Lula: ‘economia, emprego e salário vão continuar crescendo’
Por Redação - Em 18/06/2024 às 2:07 PM
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou otimismo com o futuro do Brasil em relação ao crescimento econômico e ao aumento na qualidade de vida da população. Em entrevista concedida à rádio CBN nesta terça-feira (18), Lula destacou o progresso da economia brasileira, o compromisso fiscal e os investimentos do governo federal para aprimorar a infraestrutura do país e melhorar a vida da população.
“Eu aprendi com uma mulher analfabeta, que era minha mãe. Você não pode gastar o que você não tem, só pode gastar o que ganha. Se tiver que fazer uma dívida, tem que fazer para aumentar alguma coisa na sua vida. É assim que prezo a minha consciência política. Ou seja, temos que gastar corretamente aquilo que temos. É por isso que estamos fazendo um estudo muito sério sobre o orçamento”, declarou o presidente Lula.
O presidente frisou que está disposto a discutir o orçamento com parlamentares e setor empresarial, além de cortar gastos, se necessário, mas sem prejudicar a população mais humilde, que mais necessita do apoio do Estado. Ele lembrou o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo PAC, que prevê R$ 1,7 trilhão de investimento público e privado em infraestrutura.
Por esses motivos, demonstrou confiança de que a economia brasileira seguirá em expansão. “Não tenha dúvida de que, quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada”, disse o presidente da República.
“De vez em quando as pessoas jogam a responsabilidade dos gastos nas políticas sociais que você está implantando, que é para resolver a melhoria da qualidade de vida do povo. O que me deixa preocupado é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são as pessoas que têm R$ 546 bilhões de isenção, desoneração de folha de pagamentos, isenção fiscal. Ou seja, são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país e se queixam daquilo que você está gastando com o povo pobre. Por isso que eu disse: não me venham querer que se faça qualquer ajuste em cima das pessoas mais humildes. Eu estou disposto a discutir o orçamento com a maior seriedade com Câmara, Senado, imprensa, empresários, banqueiros, mas para que a gente faça com que o povo mais humilde, o povo trabalhador, o povo que mais necessita do Estado não seja prejudicado, como em alguns momentos da história foi”, afirmou.
Crescimento econômico
Em relação ao crescimento econômico, Lula destacou que o Brasil está avançando acima das expectativas do mercado, gerando empregos e proporcionando o aumento dos rendimentos dos trabalhadores.
“Em 17 meses foram 2,4 milhões de empregos formais. Você teve a massa salarial crescendo 11,5%. Tem a situação muito boa do ponto de vista econômico, se comparar o Brasil que pegamos quando chegamos. Está tendo mais investimento, tem o PAC, são R$ 1,7 trilhão de investimento. O PAC está todo lançado, em andamento, e é por isso que eu digo que, este ano, é o ano da colheita. Não tenha dúvidas de que o Brasil vai terminar muito bem. Quando eu terminar o mandato, o Brasil vai estar muito bem — como esteve em 2010. A economia vai continuar crescendo, o emprego vai continuar crescendo, o salário vai continuar crescendo, a inflação vai estar controlada. Quase crescemos 3%, foram 2,9% (crescimento do PIB do Brasil em 2023). Agora, vamos crescer outra vez. Vamos crescer porque nós estamos fazendo com que a economia cresça. Criamos um programa de Nova Indústria Brasil para fazer investimento em indústria. Estamos tentando fazer investimento na bioeconomia. Estamos tentando trabalhar a transição energética com uma força extraordinária. Nunca um país teve tanta possibilidade no setor energético como agora. E não vamos jogar fora as oportunidades”, disse Lula.
Bancos
Lula também afirmou que há otimismo com o Brasil por parte do setor bancário. “Eu me reuni com presidentes de bancos do mundo todo e eles nunca estiveram tão otimistas no Brasil. Nos tornamos o 2º maior destino de investimentos no mundo. Nosso país não necessita dessa taxa de juros tão proibitiva de investimento no setor produtivo”, disse. “Todos os bancos que recebo demonstram que não há país com mais otimismo do que o Brasil. Somos o segundo país em receber investimento externo. Ora, então, nós temos uma situação que não necessita essa taxa de juros. O Brasil não pode continuar com a taxa de juros proibitiva de investimentos no setor produtivo. Como é que você vai convencer um empresário a fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa absurda. Então, é preciso baixar a taxa de juros, compatível com a inflação. A inflação está totalmente controlada”, reforçou.