PÓS-PANDEMIA
Maurício Filizola pede o trabalho em conjunto do setor produtivo cearense
Por Marcelo - Em 16/07/2020 às 7:08 PM
O empresário Maurício Filizola, presidente do Sistema Fecomércio, destacou durante o lançamento da segunda fase do programa “Compre do Ceará”, realizado na FIEC nesta quinta-feira (16), que a união do setor produtivo, devido aos desafios que o momento está impondo a todos, bem como a nova campanha nasceu da colaboração.
“Tenho certeza que esta campanha de valorização do que é produzido, do que é transportado, do que é comercializado no Ceará, leva à necessidade de unir forças para a promoção da retomada do crescimento econômico”, explicou.
O superintendente do Sebrae Ceará, Joaquim Cartaxo, afirmou que a entidade sempre participa de campanhas desse tipo, pois tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico, em especial das micro e pequenas empresas. E que, no Ceará, elas representam cerca de 94% do mercado empresarial, num total de 529 mil empreendimentos, responsáveis pela geração 30% do PIB cearense.
Outro mercado importante são as compras governamentais, no qual o Governo do Ceará e o governador Camilo Santana têm papel de destaque nacional, representando cerca de 87% de tudo o Estado que consome desde 2016 são adquiridos de MPEs. “E 90% desse total são de empresas cearenses. Precisamos estimular as prefeituras para que também comprem dos pequenos empresários”, salientou Cartaxo.
Ele ressaltou, ainda, que 56% dos pequenos negócios que seguem funcionando, estão em processo de mudança para se adaptar à nova realidade. E 89% deles, que conseguiram aumentar suas vendas, ingressaram no universo online.
Já o empresário Dimas Barreira, presidente da Fetrans, ressaltou que o transporte é uma atividade estruturante, que perpassa todos os setores produtivos e que esta é a hora de todos se unirem para fortalecer a retomada da economia local.
Por sua vez, o presidente da FAEC, Flávio Saboya, afirmou que o setor rural se empenhará de uma forma significativa para que a ideia “Compre do Ceará” se fortaleça e cresça. Principalmente a pecuária de leite, sendo que no Sertão Central são mais de 70 mil produtores, a maioria pequenos.
E ressaltou que mesmo com todos os desafios da seca, o Ceará é hoje o segundo maior produtor leiteiro do Nordeste. “O semiárido está adaptado para a atividade leiteira, tanto que alguns empresários chineses já demonstraram interesse em investir no setor leiteiro em nosso Estado”.