Mauro Filho: aumentar investimentos e fazer a reforma da Previdência são fundamentais
Por Admin - Em 31/08/2018 às 12:40 PM
O responsável pelas propostas econômicas do presidenciável Ciro Gomes, economista Mauro Benevides Filho, destacou em sua palestra aos representantes do Lide Ceará, no Hotel Gran Marquise, que o Governo não pode parar os investimentos e que a reforma da Previdência precisa ser realizada.
Ele mostrou ao grupo, que tem à frente a empresária Emília Buarque, quais as principais medidas adotadas no Ceará, quando foi titular da Sefaz para promover o equilíbrio fiscal do Estado, e disse que muitas delas deverão ser implementadas em nível nacional, caso Ciro seja eleito para assumir o Palácio do Planalto.
“Vale destacar que a relação dívida pública x PIB vem crescendo nos últimos anos, o que é perigoso para o País. O Tesouro Nacional emitiu, a nosso pedido, um relatório sobre o resultado primário entre 1991 e 2017. E o melhor foi em 1994, quando o Ciro era ministro da Economia. Ele teve a coragem de abrir a economia, a fim de gerar desenvolvimento”, lembrou.
Ele afirmou, ainda, que é preciso reconstruir a economia brasileira, por meio da redução de despesas, aumento das receitas e a realização da reforma previdenciária. “É a situação mais complicada, pois não está se sustentando. Antigamente você tinha no serviço público seis servidores ativos para um inativo e, hoje temos 1,8 trabalhando para cada aposentado. Daqui a três anos vai ser o contrário. Vai ter mais na inatividade do que na atividade, o que é inviável financeiramente”, asseverou.
Mauro afirmou que é preciso revogar a emenda dos teto dos gastos públicos, pois o Governo não economizou nada no custeio e, para equilibrar, cortou investimentos. “Isso é danoso para o País, que hoje investe apenas 1,8% do PIB. Em 2010 se investia m R$ 100 bilhões e, hoje, é pouco mais do que R$ 40 bilhões”, criticou.
O economista de Ciro Gomes também defendeu as privatizações, pois estatais que não conseguem se sustentar com recursos próprios devem ser retiradas do custeio do Governo. “Nossa ideia é retirar gasto do Governo e incentivar o investimento privado. Mas Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil estão fora deste processo”, completou Mauro Filho.
Mauro Filho afirma que o Governo não pode cortar investimentos, pois isso é danoso para o País
Foto: Balada IN