O mercado financeiro espera por inflação maior este ano. Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central alteraram a projeção para o IPCA de 1,78% para 1,94%, neste ano. A estimativa de inflação está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo BC, com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Banco Central divulgou as estimativas nesta segunda-feira           Foto: Divulgação

A revisão na estimativa ocorreu após o IBGE informar, no último dia 9, que o IPCA ficou em 0,24% em agosto, a maior taxa para o mês desde 2016 (0,44%). A inflação de agosto foi influenciada principalmente pelo aumento do custo dos transportes (0,82%) e dos alimentos (0,78%).

Apesar do aumento na projeção para o IPCA, a estimativa do mercado financeiro ainda está abaixo do piso da meta de inflação (2,5%) que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, a estimativa de inflação foi ajustada de 3% para 3,01%. A previsão para 2022 e 2023 não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente. A meta de inflação para 2021 é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

De acordo com os especialistas, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. O Copom ainda tem três reuniões até dezembro. A próxima será amanhã e quarta-feira (16). Para o mercado, não deve haver alterações na taxa básica de juros até o final deste ano.

Em 2021, a expectativa é que a Selic suba, encerrando o período em 2,5% a.a.. A trajetória de aumentos na taxa segue nos anos seguintes. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 5,5% a.a. (a previsão da semana passada era 5,75%).

PIB

A previsão para a queda do Produto Interno Bruto este ano foi ajustada de 5,31% para 5,11%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País. Para 2021, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 16 semanas consecutivas.

Dólar

Por fim, o mercado tem expectativa de que a cotação do dólar permanece em R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,00. (Agência Brasil)