PESQUISA DO BANCO CENTRAL
Mercado financeiro estima que inflação deve encerrar o ano com alta de 8,59%
Por Marcelo - Em 11/10/2021 às 7:31 PM
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, deve fechar o ano com alta acumulada de 8,59%. É o que aponta o Boletim Focus, pesquisa feita junto a instituições financeiras. Ela foi divulgada nesta segunda-feira (11), em Brasília, pelo Banco Central (BC).
É a 27ª elevação consecutiva da projeção. A inflação prevista é 0,08 ponto percentual maior do que a da última semana, quando o índice ficou em 8,51%. A meta de inflação de 2021, perseguida pelo BC, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2022, a estimativa de inflação subiu para 4,17%, ante os 4,14% registrados na semana passada.
Trata-se da 12ª alta seguida na projeção, que está ligeiramente acima da meta para o próximo ano. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente, as mesmas da semana passada. O Boletim Focus registrou aumento na projeção do câmbio para este ano.
Agora, o dólar deve fechar 2021 em R$ 5,25, ante R$ 5,20 do boletim da semana passada. Para 2022, a projeção é de que o divisa norte-americana também fique em R$ 5,25. Para 2023, a expectativa do mercado é de R$ 5,10 e para 2024, R$ 5,08.
PIB e Selic
No boletim Focus desta semana, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 foi mantida em 5,04%, a mesma pela quarta semana consecutiva. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Para 2022, o mercado diminuiu a expectativa de crescimento do PIB de 1,57% para 1,54%. Já para 2023, a previsão é de 2,50%.
Quanto à taxa básica de juros da economia (Selic), a estimativa do mercado permanece a mesma há três semanas. Com isso, o boletim manteve a projeção de terminar o ano em 8,25%. Para 2022, o Focus prevê uma taxa de juros de 8,75% ao final do ano.