VGV DE R$ 651 MILHÕES

Mercado imobiliário registra os melhores cinco meses em vendas desde 2016

Por Marcelo - Em 25/06/2021 às 8:14 PM

O empresário Ricardo Bezerra apresentou nesta sexta-feira (25), os resultados do seu Flash Imobiliário referente ao mês de maio, que teve números muito expressivos. Ele também anunciou a realização da primeira edição do Imóvel Fest 2021, que acontecerá, em breve, no Shopping Iguatemi, com a participação de 12 construtoras.

Em maio ocorreu um lançamento da incorporadora RCI no bairro Guararapes, com VGV de R$ 55 milhões, o Reserva Florence Condominium, com 64 unidades de tamanhos entre 118 e 120m². E no acumulado dos cinco primeiros meses do ano está sendo o melhor período desde 2016, com 11 novos empreendimentos, 957 unidades e VGV de R$ 651 milhões.

Setor imobiliário está aquecido e deve fechar 2021 com R$ 3,4 bi vendidos      Foto: Divulgação

Dentre os residenciais verticais foram comercializadas 202 unidades em maio, 41% acima do mês anterior, registrando um VGV de R$ 136 milhões, um crescimento de 44,7% frente a abril. E Ricardo ressaltou que com um VSO de 5,3%, representa um ótimo desempenho do mercado, dentro do cenário de pandemia e com alta de 43% em relação a abril.

Outros dados relevantes dentro deste segmento é que foi registrada uma expansão de 267% no total de unidades vendidas na comparação com maio do ano passado, e de 183% no VGV, nesta mesma base de comparação. Já no acumulado do ano são 923 unidades comercializadas (+132%) e VGV de R$ 644 milhões (+117%).

Uma novidade apresentada foram os lançamentos dos últimos nove meses, o mesmo de uma gestação, com uma série de informações relevantes dos segmentos de médio e alto padrão, como valorização dos empreendimento desde o lançamento, velocidade de vendas, entre outras.

No segmento de salas comerciais ocorreram 11 vendas, 267% acima do mês anterior, que teve um VGV de R$ 5,3 milhões, representando um aumento de 381% frente a abril. Já no acumulado do ano foram 139 unidades comercializadas (+562%) e VGV de R$ 49 milhões, representando uma alta de 600% comparado aos cinco primeiros meses de 2020, números comemorados pelo diretor da Lopes, que acredita na virada de chave do segmento..

Já o mercado de segunda moradia, que atualmente está com um novo modelo de condomínio fechado, no qual grupos de pessoas se associam para construir e que mais está vendendo no Ceará nos últimos meses, mas cujos dados não foram disponibilizados. Dentre os existentes via construtoras tradicionais, foram nove unidades comercializadas no mês passado, com um VGV de R$ 6 milhões.

O mês de maio teve um bom desempenho no segmento de residenciais horizontais, com 13 unidades vendidas (+30%) na comparação com abril, mas um VGV de R$ 7 milhões (-12%), em igual base de comparação, e um VSO de 7,9%. “Mas este é um segmento que deverá continuar crescendo nos próximos meses”, destacou Ricardo Bezerra.

No segmento super econômico, do Casa Verde e Amarela, houve a comercialização de 463 unidades, uma retração de 8% na comparação com abril, e VGV de R$ 70 milhões (-14,6%), Mas o mês de abril foi excelente para o segmento e em relação ao VSO, houve picos de até 30,8%, como no caso do bairro Sapiranga. “O VSO médio foi de 11,33%, ou seja, em nove meses todos os empreendimentos são vendidos”, salientou.

Nas vendas gerais, sem o Casa Verde e Amarela, já são 1.276 unidades vendidas no acumulado do ano (+157%) e VGV de R$ 784 milhões (+117%). Somadas as vendas do segmento super econômico, são 3.360 unidades (+94%) e cerca de R$ 1,1 bilhão em VGV comercializado.

Como a expectativa é que hajam novos lançamentos nos próximos sete meses, o mercado imobiliário cearense deverá encerrar o ano com um total de R$ 3,3 bilhões vendidos. O pipeline já chegou a R$ 861 milhões em lançamentos até 30 de maio, cerca de 25% do total, que deve chegar a R$ 3,4 bilhões, segundo a estimativa do apresentador do Flash.

Ricardo Bezerra acredita que 2021 deve atingir R$ 3,4 bilhões em vendas

“Ou seja, quando o volume de vendas realizado se equipara ao da previsão, trata-se de um excelente momento para o setor. E acredito que este ano deve ser a virada do nosso mercado imobiliário”, afirmou Ricardo Bezerra.

Duas preocupações dos empresários do setor dizem respeito ao crescimento da inflação e também à falta de produtos prontos de determinadas tipologias de imóveis na Região Metropolitana de Fortaleza, conforme destacou o empresário Ênio Arêas Leão.

Já o diretor da Dias de Sousa Construções e presidente do Sinduscon-CE, salientou que como entre o lançamento e a entrega dos empreendimentos varia de quatro a cinco anos, deverá haver um apagão no mercado imobiliário, com a falta de determinados produtos. “Tanto que nos grupos de corretores que participo, não vejo mais ofertas em lançamentos”, asseverou Patriolino Dias.

Já a arquiteta Águeda Muniz, diretora Executiva da C. Rolim Engenharia, disse ter ficado impressionada com os números, especialmente na questão dos lançamentos, e que após o Estrelário, a C. Rolim deverá lançar novos empreendimentos nos próximos meses.

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