CERTAME OCORRERÁ EM 27 DE JUNHO

Ministério de Minas e Energia define regras para leilão de potência do sistema elétrico brasileiro

Por Redação - Em 02/01/2025 às 2:25 PM

Mme Ministério De Minas E Energia Foto Agência Brasil

Os contratos a serem negociados terão prazos de sete a quinze anos, com inícios de fornecimento previstos para 2025 a 2030 FOTO: Agência Brasil

O Ministério de Minas e Energia anunciou, nesta quinta-feira (2), as regras finais para o aguardado leilão de potência elétrica, que ocorrerá em 27 de junho. O certame, destinado a aumentar a capacidade do sistema elétrico brasileiro, visa garantir o suprimento de energia seguro e estável aos consumidores nos próximos anos.

Os contratos a serem negociados terão prazos de sete a quinze anos, com inícios de fornecimento previstos para 2025 a 2030. Usinas termelétricas a gás natural existentes poderão disputar contratos com início até 2027, enquanto os contratos mais distantes, com início em 2028, 2029 e 2030, serão destinados a novos projetos termelétricos e hidrelétricas existentes que poderão ser ampliadas.

A necessidade de ampliar a capacidade de geração de energia se tornou urgente, especialmente em função do crescimento da energia solar na matriz energética. Embora a energia solar contribua de forma significativa durante o dia, ela deixa de gerar no final da tarde, o que exige que outras usinas entrem rapidamente em operação para assegurar a estabilidade do fornecimento. Esse desafio tem se intensificado nos últimos anos e, no final de 2024, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou um “déficit relevante” de potência, estimando que será necessário contratar cerca de 3 gigawatts (GW) por ano para garantir o equilíbrio do sistema.

A licitação deverá contar com a participação de grandes geradores, como a Petrobras, que é a maior geradora termelétrica do país e cujas usinas, como Termomacaé, Termoceará, Cubatão e Seropédica, tiveram contratos expirando no final de 2024. A Eneva também manifestou interesse em recontratar suas usinas, além de buscar novos projetos termelétricos. O leilão também representa uma oportunidade para o setor hidrelétrico, que não tem ampliado sua participação no Brasil devido à escassez de contratos regulados nos últimos anos. Empresas como Copel, Eletrobras, Engie e Auren já demonstraram interesse em expandir suas usinas.

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