O ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho afirmou que o Porto do Pecém é um dos mais competitivos do mundo em relação ao Hidrogênio Verde (H²V). E que o Complexo Industrial e Portuário do Pecém desponta também como a casa do H²V no Brasil, uma vez que abriga os primeiros projetos do setor no País, que representam bilhões de reais em investimentos e novas oportunidades de negócios.

Sílvio Costa Filho destacou a alta competitividade do Porto do Pecém em relação ao Hidrogênio Verde                                                Foto: George Lucas

“O Brasil e o mundo começam a observar o Porto de Pecém como uma grande janela de oportunidades para se investir em Hidrogênio Verde. Um porto tão importante para o Nordeste, um porto que no ano passado movimentou 17 milhões de toneladas e esse ano podemos chegar a quase 19 milhões de toneladas. Um porto que tem gerado emprego e renda no Ceará”, destaca.

O ministro também agradeceu ao Porto de Roterdã, por ter acreditado no Ceará e no Nordeste brasileiro desde o primeiro momento, quando se associou em Pecém e aos trabalhadores do porto, por colocarem o local como referência. E ainda ressaltou a importância da Ferrovia Transnordestina para a região.

“Ela (a Transnordestina) será fundamental, não só para o Porto de Pecém, mas para o de Itaquí, para o de Suape e todos os outros, porque em pouco mais de cinco anos, depois da Transnordestina pronta, vamos aumentar em mais de 20% a competitividade dos nossos portos, já no primeiro momento”, garante. Sílvio Costa Filho reafirmou que o Nordeste é parte importante da solução do Brasil.

Transição

Já o titular do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a política do presidente Lula como de grande relevância em nível mundial. “Ela é protagonista global da transição energética justa e inclusiva, que lidera a economia verde, sem adicional de custos para os brasileiros“. O desenvolvimento ecológico, segundo o ministro, cria uma nova indústria no Brasil, “que garante a soberania energética e a segurança alimentar, de grande importância para a agricultura familiar e para o agronegócio nacional”, ressalta.

Segundo o ministro de Transportes, Renan Filho, o Brasil é o país que tem a matriz energética mais limpa do mundo. “E é por isso que a gente vai ter, aqui, a condição de fazer essa transição energética para um projeto novo”. O ministro destacou a parceria com o porto de Roterdã, que coloca a gestão de Pecém na vanguarda internacional da gestão. “É por isso que esse porto é, hoje, um dos que mais crescem no Brasil. Vai crescer na vertente do Hidrogênio Verde e vai se transformar quando a gente concluir as obras da Transnordestina”, afirma Silveira.

Porto do Pecém

Porto do Pecém tem excelente infraestrutura e uma parceria importante com o Porto de Roterdã                                                           Foto: Douglas Filho

O Porto do Pecém possui localização geográfica estratégica, mais próximo dos Estados Unidos, da Europa e do Norte da África, infraestrutura completa e pronta para receber a instalação de grandes empresas. Além disso, apresente forte desenvolvimento portuário e industrial, visando o aumento da competitividade no mercado internacional.

Composto por área industrial, porto e Zona de Processamento de Exportação (ZPE), o Complexo do Pecém impulsiona a economia do Ceará. Somente no primeiro semestre deste ano, o porto registrou um crescimento de 11,3% na movimentação de cargas, atingindo um total de 8,99 milhões de toneladas.

Hidrogênio Verde

O Hidrogênio Verde é considerado o mais limpo entre os tipos de Hidrogênio, devido às baixas emissões de Carbono que produz e é considerado o mais sustentável e vantajoso, pois auxilia na descarbonização da economia e pode substituir combustíveis fósseis em setores como indústria e transportes.

O Brasil tem grande potencial para ser um dos maiores produtores de Hidrogênio Verde do planeta por causa das vantagens naturais associadas a uma matriz elétrica predominantemente renovável. Os projetos brasileiros de H²V estão concentrados no Nordeste brasileiro devido à grande produção de energia eólica, solar e disponibilidade de água.