
PREÇOS
Mudanças no mercado de combustíveis abrem oportunidades para importadores no Brasil
Por Redação - Em 19/08/2024 às 12:19 PM

O preço do diesel, que não sofreu alterações nas refinarias da Petrobras desde dezembro, apresentou uma defasagem de 4% na sexta-feira
Após um extenso período de mais de 200 dias em que a importação de gasolina por empresas privadas esteve suspensa devido à discrepância entre os preços internos e internacionais, o cenário começou a se transformar na última semana. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) anunciou a abertura de janelas para importação, destacando a sexta-feira, 16 de agosto, quando a Petrobras atingiu paridade de preços com o Golfo do México, permitindo o retorno dos importadores ao mercado.
A Petrobras, responsável por grande parte do abastecimento de combustíveis no Brasil, enfrentou dificuldades para ajustar seus preços internos em razão das flutuações nos preços internacionais do petróleo. O petróleo Brent, referência global, teve uma queda de cerca de 3% neste mês, estabilizando-se abaixo dos US$ 80 por barril, o que influenciou a estabilidade dos preços internos da gasolina.
A Abicom relatou que, na sexta-feira passada, os principais polos de importação usados pela Petrobras—Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária e Itacoatiara—apresentaram preços da gasolina alinhados com os do Golfo do México, que serve de referência para os importadores brasileiros. Este alinhamento ocorreu após um reajuste de cerca de R$ 0,20 por litro nas refinarias da estatal no início de julho.
Por outro lado, o preço do diesel, que não sofreu alterações nas refinarias da Petrobras desde dezembro, apresentou uma defasagem de 4% na sexta-feira. Esta defasagem indica a possibilidade de um ajuste de R$ 0,15 por litro no mercado interno, à medida que a estatal considera alinhar seus preços com os padrões internacionais.
Enquanto isso, na Bahia, a Refinaria de Mataripe, sob o controle da Acelen—subsidiária do fundo de investimento árabe Mubadala—tem praticado preços de gasolina 6% acima da média internacional e de diesel 1% acima. Apesar dos reajustes semanais, o preço da gasolina permaneceu inalterado na última quinta-feira, 15 de agosto, enquanto o diesel teve um aumento de 1,75% em comparação com a semana anterior.
Essas mudanças no mercado de combustíveis refletem um momento de adaptação e reavaliação para todos os envolvidos, desde importadores até consumidores, que devem ficar atentos às flutuações de preços e às novas dinâmicas de oferta e demanda.
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