
INVESTIMENTOS DE R$ 900 BI
Neuri Freitas busca parcerias na Europa para ampliar saneamento básico no Brasil
Por Marcelo Cabral - Em 17/02/2025 às 7:57 PM
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesb) e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas, esteve em Portugal visando conseguir tecnologias aplicáveis ao saneamento básico no Brasil. Na oportunidade, ele lembrou serem necessários cerca de R$ 900 bilhões (150 bilhões de Euros), para implementar a meta de ampliar o saneamento no País até 2033.

Neuri Freitas está buscando parcerias com países da União Europeia
Junto com uma comitiva de empresários e autoridades brasileiras, Neuri liderou uma missão que passou por diversas cidades da Europa, buscando parcerias para solucionar os desafios do saneamento básico no Brasil. Além de Portugal, o grupo também esteve na Áustria e na República Tcheca.
De acordo com a meta estipulada pelo Governo Federal, o Brasil busca alcançar 90% de cobertura nos serviços de coleta e tratamento de esgotos, além de 99% na distribuição de água potável para a população brasileira, até 2033. Com isso, espera-se melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas em todo o território nacional.
Dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) revelam que o Brasil tem 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável. Além disso, apenas 46% do esgotamento sanitário produzido em território brasileiro recebe algum tipo de tratamento. E isso precisa ser melhorado.
No Ceará, por exemplo, a Cagece atende a 5,4 milhões de consumidores (62%) com água tratada em 151 municípios, além de 1,8 milhão de habitantes (21%) com sua rede coletora de esgotamento sanitário, num universo de 8,8 milhões de pessoas, de acordo com informações do Censo de 2022.
Ainda durante o encontro com representantes do Governo de Portugal e empresários daquele país europeu, Neuri resaltou que algumas empresas de saneamento brasileiras têm realizado parcerias público-privadas (PPPs). E que a Cagece vai construir uma usina de dessalinização de água do mar, que produzirá um metro cúbico por segundo e aumentará em 12% a oferta de água tratada para Fortaleza, beneficiando cerca de 720 mil moradores da capital cearense.
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