Valorização
Nova York e Singapura lideram ranking das cidades mais caras do mundo em 2022
Por Viviane Ferreira - Em 01/12/2022 às 12:58 PM
Nova York se tornou, pela primeira vez, a cidade mais cara do mundo em 2022. A metrópole americana aparece empatada com Singapura no ranking anual da Economist Intelligence Unit (EIU).
Atrás dessas duas, a lista das 10 cidades mais caras inclui, por ordem, Tel Aviv (Israel) Hong Kong, Los Angeles (EUA), Zurique (Suíça), Genebra (Suíça), São Francisco (EUA), Paris (França), Copenhagen (Dinamarca) e Sydney (Austrália).
O relatório Worldwide Cost of Living da EIU revela, ainda, outros dados sobre o custo de vida mundial. Houve um aumento médio de 8,1% nos preços nas maiores cidades, a taxa mais alta em 20 anos, influenciada pela crise global provocada pela guerra na Ucrânia e pelas restrições pandêmicas, sobretudo na China. A inflação média era de 3,5% no ano passado e 1,9% em 2020.
Além de Nova York e Singapura no topo do ranking das cidades mais caras para se viver, Tel Aviv caiu da primeira para a terceira posição na lista de 172 cidades. Na ponta final do ranking, Damasco, na Síria, e Trípoli, na Líbia, continuaram como as cidades mais baratas.
As cidades russas de Moscou e São Petersburgo foram as que mais subiram no ranking à medida que as sanções ocidentais levam a preços mais altos. A capital russa escalou 88 posições, enquanto São Petersburgo subiu 70 posições.
Moedas locais mais fortes levaram muitas as cidades a subir no ranking. Seis das oito grandes cidades cujos preços mais subiram, depois das duas cidades russas, são dos Estados Unidos. A moeda dos EUA se fortaleceu acentuadamente em relação a quase todas as moedas, já que o Federal Reserve dos EUA aumentou as taxas de juros e sinalizou mais aumentos.
Cidades em países onde a moeda local desvalorizou figuraram entre aquelas que caíram na lista das mais caras. Tóquio e Osaka, no Japão, estavam entre as 10 maiores quedas, terminando em 37º e 43º, respectivamente, abaixo dos 13º e 10º em 2021.
Estocolmo e Luxemburgo foram os que mais caíram, ambos perdendo 38 lugares para 99º e 104º.
Istambul (Turquia), Buenos Aires (Argentina) e Teerã (Irã) tiveram uma inflação muito alta, mas a maior taxa está em Caracas, na Venezuela, onde os preços subiram 132% desde o ano passado, mas a cidade não foi incluída nos cálculos para evitar distorções.
A colocação de Cingapura no topo do índice não foi surpresa. A cidade-estado foi a segunda cidade mais cara em 2021 e foi a número 1 em oito dos últimos 10 anos.
Os maiores aumentos foram registrados nos preços da gasolina, do gás e da eletricidade.
A inflação de alimentos e bens domésticos também está alta em meio às restrições comerciais, causadas em parte pela guerra na Ucrânia. Por outro lado, os preços de bens e serviços recreativos foram moderados em termos de moeda local – isso pode refletir uma demanda mais fraca, pois os consumidores concentram os gastos no essencial.
“A menos que a guerra na Ucrânia aumente, prevemos que os preços das commodities para energia, alimentos e suprimentos como metais provavelmente cairão acentuadamente em 2023 em comparação com os níveis de 2022, embora provavelmente permaneçam mais altos do que os níveis anteriores”, diz o relatório.
*Fonte: Valor Economico.