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Número de usuários de criptomoedas no Brasil avança 18%; maior alta da América Latina

Por Redação - Em 25/08/2024 às 12:27 AM

Criptomoedas Bitcoin

De janeiro a junho deste ano, o Bitcoin representou 53% da dominância nas carteiras dos clientes da Bitso na América Latina

O número de usuários de criptomoedas na América Latina cresceu 16% no primeiro semestre de 2024, com o Brasil liderando esse avanço, registrando um aumento de 18% em comparação com o semestre anterior. Esse dado faz parte da segunda edição do “Panorama Cripto na América Latina”, elaborado pela Bitso, uma importante empresa de serviços financeiros em criptomoedas.

De acordo com o levantamento, o Brasil se destaca não apenas pelo crescimento no número de usuários, mas também pela adoção de Bitcoin. Entre os países analisados — Argentina, Brasil, Colômbia e México — o Brasil é o que apresenta a maior proporção de Bitcoin em carteiras, com uma média de 60%. Esse número representa um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao semestre anterior.

O estudo revela que, de janeiro a junho deste ano, o Bitcoin representou 53% da dominância nas carteiras dos clientes da Bitso na América Latina, alinhando-se com a média global de 53,37% registrada até o final de junho.

O CEO da Bitso Brasil, Thales Freitas, comentou sobre o cenário positivo. “Na primeira metade deste ano, testemunhamos marcos significativos que fortaleceram a confiança na indústria cripto e impulsionaram o crescimento da base de usuários em todos os países onde a Bitso opera”, disse.

Freitas também observou que, no Brasil, a baixa diversificação das carteiras e a alta concentração em Bitcoin e altcoins indicam uma estratégia de investimento voltada para ganhos maiores no longo prazo. No primeiro semestre de 2024, 28% das criptomoedas adquiridas na América Latina foram Bitcoin, uma redução em relação aos 38% do semestre anterior. Essa diminuição pode ser atribuída ao aumento significativo no preço do BTC, que atingiu um recorde histórico de US$ 73.750 em março deste ano, impulsionado pelo lançamento e operação do ETF de Bitcoin no primeiro trimestre.

O estudo sugere que o alto preço do Bitcoin pode ter desencorajado novas compras e incentivado a estratégia de “HODL” (Hold On for Dear Life), onde os investidores mantêm o ativo na expectativa de valorização contínua.

Após o Bitcoin, as criptomoedas mais adquiridas no primeiro semestre de 2024 foram as stablecoins (USDC e USDT), que juntas corresponderam a 36% das compras, um aumento em relação aos 30% do semestre anterior. A memecoin Pepe também ganhou destaque, com 7% das compras, enquanto no Brasil, esse token alcançou a segunda posição em preferência, empatado com USDC, ambos com 13%.

Outro ativo em ascensão é Solana, que viu um aumento de um ponto percentual, alcançando cerca de 4% nas carteiras de clientes na América Latina, superando a média global de aproximadamente 2,88%. No Brasil, a participação de Solana nas compras se manteve estável em 4%.

O estudo também destaca a diversificação dos investimentos em criptomoedas. Entre os clientes da Bitso, 43% possuem um ativo, 21% têm dois e 36% possuem três ou mais criptomoedas em suas carteiras.

O perfil predominante dos usuários da plataforma é de jovens entre 25 e 34 anos (37%), com uma composição de 73% de homens e 27% de mulheres na região.

O panorama mostra um mercado cripto em expansão na América Latina, com o Brasil se destacando como um líder em adoção e investimento em Bitcoin, enquanto a diversificação e o crescimento em outras criptomoedas continuam a moldar o cenário.

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