No acumulado de 2024, a Oi apresentou lucro líquido de R$ 9,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,4 bilhões de 2023

A operadora Oi, atualmente em recuperação judicial, reportou um prejuízo líquido de R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre de 2024, um aumento expressivo em relação ao prejuízo de R$ 486 milhões em igual período do ano anterior. O aumento da dívida em dólar devido à desvalorização do real, juntamente com a queda nas receitas e despesas não recorrentes, impactaram negativamente o resultado financeiro da empresa.

O Ebitda, indicador que mede a rentabilidade operacional, ficou negativo em R$ 641 milhões, um aprofundamento em relação ao prejuízo de R$ 72 milhões registrado no quarto trimestre de 2023. A receita líquida também recuou 17,5%, atingindo R$ 1,9 bilhão, enquanto o saldo negativo das receitas e despesas financeiras chegou a R$ 2 bilhões, reflexo da desvalorização cambial e do peso das dívidas em dólar.

Além disso, a Oi registrou uma perda cambial de R$ 2,7 bilhões, de natureza contábil, enquanto a operação foi afetada pela redução na receita dos segmentos Oi Fibra e Oi Soluções, que enfrentaram quedas de 1,4% e 24,3%, respectivamente. A empresa também teve despesas não recorrentes de R$ 509 milhões, devido a uma revisão nas provisões trabalhistas.

Apesar dos desafios, a companhia concluiu 2024 com um caixa de R$ 1,8 bilhão e uma redução de 53% na sua dívida bruta, que somou R$ 12 bilhões no quarto trimestre, fruto da reestruturação de sua dívida.

No acumulado de 2024, a Oi apresentou lucro líquido de R$ 9,6 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 5,4 bilhões de 2023, após um acordo com credores que resultou em um ganho contábil de R$ 14,7 bilhões. Contudo, o Ebitda anual ficou negativo em R$ 1,5 bilhão, e a receita líquida recuou 14,2%, para R$ 8,3 bilhões.