APONTA FEBRABAN

Otimismo cresce entre os brasileiros para 2025, mas preocupação com economia persiste

Por Redação - Em 27/12/2024 às 12:01 AM

Calculadora, Contas, Dívidas Foto Freepik

Hoje, 66% dos brasileiros acreditam que o país melhorou (40%) ou ficou igual (26%) em comparação a 2023 FOTO: Freepik

O ano de 2024 termina com um cenário de otimismo para a maioria da população brasileira. Segundo a última edição do Radar Febraban, realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), 75% dos brasileiros acreditam que sua vida pessoal e familiar irá melhorar em 2025. Esse índice marca uma recuperação significativa desde outubro, quando o otimismo estava em seu menor nível histórico de 62%, e retoma os patamares de dezembro de 2023, quando 74% dos entrevistados tinham expectativas positivas.

A pesquisa, realizada entre 5 e 9 de dezembro com 2.000 pessoas de todo o Brasil, revelou ainda que 80% dos brasileiros avaliam que sua vida pessoal e familiar melhorou (46%) ou ficou igual (34%) em 2024. Esse número reflete uma recuperação gradual ao longo do ano, depois de uma queda em julho, quando apenas 39% viam a melhoria em suas condições de vida.

No entanto, apesar do otimismo para o futuro próximo, a percepção sobre a situação do país em 2024 apresenta um cenário mais complexo. Enquanto 68% dos entrevistados acreditam que o Brasil melhorará (49%) ou ficará como está (19%) em 2025, a expectativa de melhora caiu em relação ao ano passado, quando 59% tinham uma visão mais positiva para o futuro do país. Além disso, o pessimismo aumentou consideravelmente, subindo de 23% em outubro para 28% em dezembro, um crescimento de 5 pontos percentuais desde o mesmo período de 2023.

O sentimento de melhora do Brasil também diminuiu ao longo de 2024. Hoje, 66% dos brasileiros acreditam que o país melhorou (40%) ou ficou igual (26%) em comparação a 2023, uma queda de 13 pontos percentuais em relação ao fim do ano passado, quando 79% tinham uma percepção positiva. Em contrapartida, a percepção de piora subiu de 20% em dezembro de 2023 para 32% neste mês.

O presidente do Conselho Científico do Ipespe, Antonio Lavareda, aponta que os sentimentos mistos de otimismo e cautela refletem as nuances do ano. “De um lado, o ano teve um viés positivo, especialmente pela alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente por fatores como seca, queimadas e o aumento da taxa de juros. Esses elementos impactaram diretamente as percepções da economia, especialmente no segundo semestre do ano”, explicou.

A pesquisa também revelou as diferentes expectativas das cinco regiões do país, refletindo as particularidades de cada uma delas em relação à economia e bem-estar. Embora a visão otimista sobre a vida pessoal e familiar seja predominante, a insegurança com relação à economia e à inflação continua a ser uma preocupação constante, evidenciando um ano de contrastes entre os avanços pessoais e as dificuldades econômicas nacionais.

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