INVESTIMENTOS
Ouro pode alcançar recorde em 2025, segundo Goldman Sachs
Por Redação - Em 20/11/2024 às 5:53 AM
O ouro tem potencial para atingir um valor recorde em 2025, impulsionado pela crescente demanda dos bancos centrais e pelos cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos, de acordo com uma análise do Goldman Sachs. O banco de investimentos incluiu o metal precioso entre suas principais apostas para o próximo ano, com uma projeção de que o preço do ouro pode alcançar US$ 3.000 por onça até dezembro de 2025.
Segundo o relatório, a principal força que deve sustentar a alta do ouro é a maior procura por parte dos bancos centrais, que têm aumentado suas compras do metal precioso. Além disso, espera-se um aumento cíclico nos fluxos para os fundos negociados em bolsa (ETFs), à medida que o Federal Reserve reduz os juros. O recuo nos preços do ouro após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais, que fortaleceu o dólar, não diminuiu as perspectivas otimistas para o metal.
O governo Trump, conforme o Goldman Sachs, pode até favorecer uma valorização adicional do ouro, especialmente se as tensões comerciais globais se intensificarem e as preocupações sobre a sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos se agravarem. Esses fatores poderiam levar os investidores a buscar o metal precioso como um refúgio seguro, elevando sua demanda.
“Uma escalada nas tensões comerciais e as preocupações com a saúde fiscal dos EUA podem impulsionar a procura especulativa pelo ouro”, afirmou o banco, destacando que o aumento das compras do metal pelos bancos centrais, principalmente aqueles com grandes reservas de títulos do Tesouro dos EUA, continuará a ser um fator chave.
Atualmente, o ouro à vista está cotado a cerca de US$ 2.584 por onça, com um pico recente superando os US$ 2.790. Dado o cenário descrito, o Goldman Sachs projeta que o ouro possa alcançar novos recordes no próximo ano.
Expectativas para outras commodities
O relatório também fez previsões para outras commodities. O petróleo Brent, por exemplo, deve ser negociado entre US$ 70 e US$ 85 por barril em 2025, embora o risco de alta no curto prazo exista caso o governo dos Estados Unidos imponha novas restrições ao Irã, o que pode afetar o fornecimento global de petróleo.
Os metais básicos, segundo a análise, são vistos de forma mais favorável em comparação com os ferrosos. Já o gás natural europeu pode enfrentar riscos de alta no curto prazo, impulsionados por condições climáticas adversas.
No setor agrícola, o banco alertou sobre os possíveis impactos de retaliações comerciais entre os Estados Unidos e a China. O aumento das tarifas da China sobre produtos agrícolas e carne dos EUA pode reduzir a demanda por essas exportações, o que forçaria um reequilíbrio no mercado, possivelmente levando a uma queda nos preços da soja, milho e carne produzidos nos Estados Unidos.