A quantidade importada de chocolates neste ano avançou 6,5% em relação a 2022

Chocolate, peixes, pães de coco e outras delícias que recheiam a mesa das família no período da Páscoa engordarão o faturamento do varejo do Ceará, que deve girar R$ 58,4 milhões no período, um crescimento de 7% em relação a 2022. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que estima um aumento de 2,8% no varejo nacional, decorrente de uma movimentação de R$ 2,49 bilhões em vendas para a Páscoa, considerada a sexta data comemorativa mais relevante do calendário do varejo nacional.

O crescimento das vendas de Páscoa estimado para o Ceará é o segundo maior do País, atrás apenas da projeção para Santa Catarina (+7,9%). Em termos de volume de vendas, contudo, o Ceará deve ser o nono colocado no ranking nacional e o segundo no Nordeste, atrás da Bahia (R$ 70,29 milhões). Os maiores volumes tendem a se concentrar em São Paulo (R$ 977,02 milhões), Minas Gerais (R$ 273,11 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 243,99 milhões). Juntas, essas unidades da Federação responderão por 60% do volume financeiro gerado pela Páscoa deste ano.

Um indicativo da expectativa do varejo para essa data costuma ser a importação de produtos típicos. De acordo com registros da Secretaria de Comércio Exterior, tabulados pela CNC, a quantidade importada de chocolates, por exemplo, neste ano (2,76 mil toneladas), avançou 6,5% em relação ao ano passado sem, no entanto, igualar as compras de 2020 (3,00 mil toneladas). Por sua vez, outro produto tipicamente importado nesta época do ano, o bacalhau, acusa recuo de 32,7% nas quantidades importadas em relação a 2022.

“A queda nas importações do pescado, na contramão do aumento das quantidades importadas de produtos à base de chocolate, é um indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais barato”, avalia a CNC.

Preços

Na média, para um IPCA-15 de 5,5%, os itens relacionados à Páscoa deverão estar 8,1% mais caros que no mesmo período de 2022 – maior alta desde 2016 (+10,3%). Bolos e chocolates apresentam uma tendência de variação de +15,9% e +13,9% nos últimos doze meses.