ESTIMA CNC

Páscoa deve girar R$ 82,6 milhões no varejo do Ceará

Por Redação - Em 14/04/2025 às 5:59 PM

Chocolate, Ovos De Páscoa Foto Agência Brasil

Em todo o Brasil, as vendas para a data deverão somar R$ 3,36 bilhões FOTO: Agência Brasil

Chocolates, vinhos, peixes e outros alimentos típicos do período da Páscoa deverão aquecer as vendas do comércio no Ceará, girando cerca de R$ 82,6 milhões, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor é o segundo maior do Nordeste, atrás da Bahia (R$ 120,9 milhões) e de Pernambuco (R$ 78,7 milhões).

Em todo o Brasil, as vendas para a data deverão somar R$ 3,36 bilhões, número que representa uma retração de 1,4% no volume de vendas, em comparação ao ano anterior, já descontada a inflação.

A principal razão para o recuo está na disparada dos preços de produtos típicos da celebração, especialmente o chocolate. O item deverá registrar aumento médio de 18,9%, o maior reajuste em 13 anos. A alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano.

“O momento atual da economia brasileira é marcado por pressões inflacionárias vindas do mercado internacional e pela volatilidade cambial. O varejo sente os efeitos de um cenário macroeconômico incerto, o que resulta na desaceleração do consumo em datas importantes como a Páscoa. Isso força o setor a rever suas estratégias e planos em curto, médio e longo prazo”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

No total, a cesta de bens e serviços ligados à Páscoa, composta por oito itens, deve ter um aumento médio de 7,4% nos preços, em relação a 2024. Além dos chocolates, destacam-se também os reajustes do bacalhau (+9,6%) e do azeite de oliva (+9,0%), dois produtos tradicionais nas ceias comemorativas.

“Outro indicativo de desaquecimento é a queda das importações. Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que, em março, a entrada de chocolates importados recuou 17,6%, enquanto o bacalhau teve retração de 11,7% em volume”, analisa o economista da CNC Fabio Bentes.

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