O presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias, comemorou o conjunto de medidas de proteção e estímulo à construção civil anunciado pela Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira (9), que devem injetar cerca de R$ 43 bilhões no setor que representa.

Tai ações poderão beneficiar cerca de 5 milhões de famílias, preservar mais de 1,2 milhão de empregos e entram em vigor na próxima segunda-feira. Estes recursos contribuirão para a sustentabilidade da carteira habitacional e manutenção da adimplência das operações.

Patriolino: “construção impulsionará o desenvolvimento”                 Foto: Portal IN News

Ele afirmou ter certeza que a construção civil será a mola propulsora do desenvolvimento econômico, quando a pandemia do coronavírus passar, pois gera milhares de empregos rapidamente, desde que tenha os recursos disponíveis. Além disso, as taxas de juros para financiamento estão nos menores patamares da história, o que pode auxiliar bastante.

“Na hora que for liberada a nossa atuação aqui no Ceará, a exemplo do que está ocorrendo em outros estados brasileiros, temos certeza de que nosso setor pode ter melhorias significativas, evitando demissões e impulsionando o mercado imobiliário”, afirmou.

E lembrou que, apesar de ser uma indústria, a construção civil não trabalha em galpões, não gera aglomerações; os canteiros de obras são cercados e ventilados. “E tomando todos os cuidados sanitários, poderíamos retomar, gradualmente, nossa atividade”.

“Além disso, os empregados da construção, de uma maneira geral, realizam bicos nos fins de semana e já recebemos informações de que eles estão fazendo isso nas periferias, se expondo ao risco de uma contaminação. Portanto, estariam mais seguros, trabalhando com a gente”, salientou o presidente da entidade.

O ponto vulnerável seria o transporte público, apesar de muitos deles irem de moto ou bicicleta para o trabalho. “Mas já estamos pensando em oferecer uma opção de transporte para levá-los e trazê-los aos canteiros de obras – alugando ônibus ou vans –, fornecendo máscaras, álcool em gel e mais lavatórios”, completou Patriolino Dias.

Novas medidas

Para pessoas físicas será implementada a pausa de 90 dias no financiamento habitacional, para clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra.

Os clientes que utilizam a conta vinculada do FGTS para pagamento de parte da prestação, poderão pausar a parcela não coberta pelo FGTS por 90 dias. Clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso poderão optar pelo pagamento parcial da prestação do financiamento, por 90 dias.

Prazo de carência de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos. Aos clientes que constroem financiados da Caixa (construção individual) será permitida a liberação antecipada de até duas parcelas, sem a vistoria.

Sinduscon-CE quer a liberação do andamento das obras no Estado

Já para as empresas será facultada antecipação de até 20% dos recursos do Financiamento à Produção de empreendimentos para obras a iniciar, bem como da liberação dos recursos correspondentes a até três meses, limitado a 10% do custo financiado, para obras em andamento e sem atrasos no cronograma.

Liberação de recursos de financiamento à produção não utilizados pela empresa nos meses anteriores, limitado a 10% do custo financiado. Implementada a pausa no financiamento à produção de 90 dias, para clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso.

A Caixa ainda permitirá o pagamento parcial da prestação do financiamento, por até 90 dias, para os clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso e a inclusão ou prorrogação de carência por até 180 dias, para os projetos com obras concluídas e em fase de amortização. Além de admitir a reformulação do cronograma de obra, nos casos de contingências na execução por questões decorrentes da pandemia.