PROTOCOLO
Patriolino Dias e Ricardo Cavalcante esclarecem dúvidas sobre a retomada da construção civil no território cearense
Por Marcelo - Em 02/06/2020 às 7:55 PM
O presidente do Sinduscon-CE, Patriolino Dias de Sousa, realizou uma Live nesta terça-feira (2) com a participação do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, para esclarecer as dúvidas sobre a retomada das atividades da construção civil no Ceará. “Nosso compromisso é oferecer aos associados do Sinduscon-CE todas informações necessárias para que possamos cumprir o protocolo rigorosamente. É o que estamos pedindo a todos os nossos associados”, destacou Patriolino Dias.
Ricardo Cavalcante reforçou a necessidade de todos seguirem o protocolo elaborado, colocando a saúde dos trabalhadores sempre em primeiro lugar. “O protocolo pode ser comparado a uma Bíblia. Ele precisa ser seguido à risca. A conscientização dos colaboradores é responsabilidade do empresário. Precisamos oferecer as ferramentas necessárias e o conhecimento do processo para que seja adotado por todos”, afirmou.
Durante a Live, o Sinduscon-CE apresentou uma pesquisa realizada com 45 empresas e apontou que 71% dos trabalhadores se deslocam de casa para o trabalho em transporte próprio; e que 100% das construtoras vão fornecer quentinhas para os colaboradores, além de adotar medidas como rodízio no refeitório, garantindo o distanciamento necessário.
O protocolo
O Sinduscon-CE seguirá o protocolo de reabertura responsável elaborado pela FIEC, que possui quatro pilares norteadores: eficácia na prevenção, factibilidade na implementação, facilidade de fiscalização e legalidade. Além disso, inclui medidas de monitoramento e conscientização.
O documento prevê, em suas normas gerais, a criação de um comitê interno multiprofissional de contingência, responsável pela proposição de diretrizes para implementação de plano de ação para prevenção a Covid 19; e a contratação de uma consultoria clínica de saúde para analisar a rotina do negócio e orientar possíveis mudanças.
Diariamente, cada colaborador receberá um kit sanitário com álcool em gel, água sanitária, sabão líquido para uso pessoal e máscaras em quantidade e com proteção por todo o período do turno de trabalho (uma para o trabalho e outra para uso no seu deslocamento).
As condições de saúde física e mental dos colaboradores também serão checadas periodicamente. Não será permitida a entrada e nem a saída dos funcionários vestindo os uniformes da empresa. O devido fardamento deve ser colocado apenas no ambiente de trabalho. Em caso de febre ou qualquer sintoma respiratório, os trabalhadores deverão comunicar imediatamente aos responsáveis. Todos os dias a temperatura deve ser aferida nos canteiros de obra.
Para garantir as condições sanitárias adequadas para a prevenção da Covid-19, será feita a higienização com a pulverização das instalações de uso comum nos canteiros de obra; serão estabelecidos turnos diferenciados e alternados para as refeições; organização do trânsito e a distribuição das turmas dentro dos canteiros, estabelecendo a regra de distanciamento entre cada indivíduo, sendo um número máximo de 100 trabalhadores por local. Além disso, o fornecimento das refeições será em quentinhas e fica proibido o sistema de self-service.
O protocolo inclui o reforço da conscientização dos trabalhadores sobre higiene pessoal e medidas de segurança para evitar a contaminação, para que estes possam implementar nos canteiros e estender o conhecimento aos seus familiares em suas respectivas residências.
Ainda durante o webinar “Esclarecendo o protocolo de retomada das atividades da indústria da construção civil”, Ricardo Cavalcante destacou que três parâmetros serão analisados pelo Governo do Ceará: capacidade de leitos, número de óbitos e de internações, para que cada fase do plano de retomada no Estado seja liberada.
“A indústria é um dos lugares mais seguros para os colaboradores e onde é possível um controle maior. Por isso, nós, FIEC e Sinduscon-CE, brigamos pela retomada as atividades. Agora, a responsabilidade de seguir os protocolos é de cada empresa. Disso depende a continuidade da reabertura”, frisou Cavalcante.
Participaram também do webinar orientando e tirando dúvidas das empresas o vice-presidente da área imobiliária do Sinduscon-CE, Carlos Gama; a gerente jurídica da FIEC, Natali Camarão; a superintendente do Sesi-CE, Veridiana Grotti de Soárez, e o gerente do Observatório da Indústria, Guilherme Muchale.
Ao final, Ricardo Cavalcante destacou que a pesquisa de testagem imunológica que está sendo feita esta semana na capital cearense – em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Ceará – é o método mais importante para saber qual a curva de pessoas que já tiveram a doença e estão imunizadas, para poder liberar as atividades produtivas em todo o Ceará, de forma mais acelerada ou não.
E que o programa FIEC Salvando Vidas recuperou 120 respiradores artificiais, doou mais de um milhão de equipamentos de proteção individual, além de 25 toneladas de alimentos, milhares de máscaras. Lembrou, ainda, do desenvolvimento do capacete de respiração assistida (Elmo), dentre outras ações.