ECONOMIA

PIB do Brasil cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024, impulsionado por serviços e indústria

Por Redação - Em 03/12/2024 às 12:35 PM

Indústria, Produção Industrial, Indústria De Transformação Foto Freepik

O bom desempenho da economia brasileira é atribuído, em grande parte, à resiliência do mercado de trabalho, com ganhos de renda, e a um ambiente de crédito mais favorável FOTO: Freepik

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,9% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços, que cresceram 0,9%, e pela indústria, com alta de 0,6%. Contudo, a agropecuária apresentou um recuo de 0,9% no período, o que afetou o desempenho geral da economia.

Em termos absolutos, a economia brasileira gerou R$ 3,0 trilhões no terceiro trimestre, com o resultado superando a expectativa de crescimento de 0,8%, conforme pesquisa da Reuters. Comparado ao terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 4,0%, acima da previsão de 3,9%. No acumulado do ano até setembro, o Brasil registrou uma expansão de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, o IBGE revisou o crescimento do PIB de 2023 de 2,9% para 3,2%.

O bom desempenho da economia brasileira é atribuído, em grande parte, à resiliência do mercado de trabalho, com ganhos de renda, e a um ambiente de crédito mais favorável. Esses fatores têm levado a revisões positivas nas projeções de crescimento, embora também tragam desafios inflacionários. Em resposta a essa pressão, o Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário e deve aumentar a taxa Selic, atualmente em 11,25%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá na próxima semana.

Investimentos e consumo continuam a sustentar crescimento

O terceiro trimestre de 2024 também foi marcado por bons resultados no lado da demanda. A Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, avançou 2,1%, mantendo o ritmo de crescimento do trimestre anterior, que foi de 2,2%. Embora o ritmo de expansão tenha desacelerado em relação ao início do ano — quando o indicador subiu 4,5% no primeiro trimestre — ainda é um sinal positivo para a economia.

As famílias também contribuíram para o crescimento, com os gastos crescendo 1,5% no período, depois de aumentos de 2,5% e 1,4% nos trimestres anteriores. O consumo das famílias tem sido um motor importante da recuperação econômica. As despesas do governo também apresentaram alta de 0,8%, retornando ao crescimento após uma retração de 0,3% no trimestre anterior.

Serviços lideram a produção econômica

No lado da produção, o setor de serviços, que responde por cerca de 70% da economia brasileira, foi o maior responsável pelo crescimento, com uma alta de 0,9%, igualando o desempenho do trimestre anterior. O setor de serviços tem demonstrado uma recuperação sólida, refletindo a retomada das atividades econômicas no pós-pandemia.

Apesar do impacto negativo da agropecuária, o resultado geral do PIB do Brasil no terceiro trimestre reflete a continuidade da recuperação econômica, com destaque para os setores de serviços e indústria, além de um desempenho consistente dos investimentos e do consumo das famílias. O cenário segue sendo monitorado de perto, dado o risco de inflação e as expectativas de novos ajustes na política monetária.

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