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Pix deve crescer 58,8% em 2024 e registrar R$ 27,3 trilhões em transações

Por Redação - Em 11/11/2024 às 3:23 PM

Pix Agência Brasil

Até o final de setembro deste ano, o Pix já havia superado os números de todo o ano de 2023 FOTO: Agência Brasil

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) projetou que o volume de transações realizadas via Pix deve crescer 58,8% em 2024, alcançando R$ 27,3 trilhões. A estimativa também indica que o número de transações por meio da ferramenta de pagamento instantâneo deverá atingir 63,7 bilhões, um aumento de 52,4% em relação ao ano passado.

Até o final de setembro deste ano, o Pix já havia superado os números de todo o ano de 2023. Foram registradas 45,7 bilhões de transações, totalizando R$ 19,1 trilhões. Desde seu lançamento em 16 de novembro de 2020, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, com 121,5 bilhões de transações realizadas até setembro de 2024, somando R$ 52,6 trilhões em valores transacionados.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, destacou a importância do Pix como uma das principais inovações do Banco Central, comparando sua implementação a outras mudanças significativas no setor bancário, como o uso de tokens e o desenvolvimento do mobile banking. “O Pix é um sucesso nacional e um exemplo internacional”, afirmou Sidney.

Em outubro de 2024, o Banco Central informou que o Brasil possui 805,6 milhões de chaves Pix cadastradas, com 95% delas pertencentes a pessoas físicas. Aproximadamente 48% das transações são realizadas entre pessoas físicas, e 44% delas têm início por meio de uma chave Pix. Até agora, 160,5 milhões de pessoas físicas já realizaram pagamentos por meio do Pix.

Novas funcionalidades

Para comemorar seu quarto aniversário, o Pix passou a contar com três novas funcionalidades que visam facilitar ainda mais as transações dos usuários. Uma delas, o Pix agendado recorrente, foi implementada obrigatoriamente no final de outubro para 863 participantes do ecossistema financeiro. Essa funcionalidade permite o agendamento de pagamentos mensais de valor fixo, que são transferidos automaticamente para a conta do recebedor no mesmo dia de cada mês.

Desde 1º de novembro, também passaram a valer novas regras de segurança para transações realizadas em dispositivos novos. Agora, ao trocar de celular ou computador, o cliente terá um limite de R$ 200 por operação e R$ 1 mil por dia para transações via Pix. Para aumentar esses limites, será necessário cadastrar o novo dispositivo na instituição financeira. A medida visa reduzir fraudes, dificultando o uso de dispositivos não registrados pelos criminosos.

Outra novidade é o Pix por aproximação, lançado em 4 de novembro, que permite o pagamento sem o uso do aplicativo bancário, através de carteiras digitais. Essa funcionalidade está sendo disponibilizada por empresas por meio de acordos bilaterais, e a oferta ao usuário final depende de iniciativas do mercado.

Futuro do Pix

A principal inovação futura será o Pix Automático, previsto para entrar em operação em 16 de junho de 2025. A novidade facilitará o pagamento de cobranças recorrentes, como mensalidades de escolas, academias, serviços de saúde e outros serviços essenciais. O Pix Automático permitirá que o débito seja efetuado de forma automática, sem a necessidade de autenticação em cada transação, desde que o usuário tenha dado autorização prévia.

O Banco Central esclarece que, apesar de ambos atenderem a pagamentos periódicos, o Pix Automático e o Pix Agendado recorrente têm diferenças importantes. No Pix Automático, quem fornecerá as instruções de pagamento será o recebedor, que deve ser uma pessoa jurídica. Já no Pix Agendado, quem define os pagamentos é o próprio usuário pagador, que pode ter como destinatário tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Ivo Mósca, diretor de Inovação da Febraban, afirmou que as novas funcionalidades do Pix devem atrair ainda mais usuários para a plataforma. “As operações do Pix continuam em ascensão e batem consecutivos recordes. A ampliação da oferta de serviços deverá impulsionar ainda mais a bancarização e a inclusão financeira no Brasil”, disse Mósca.

Com esses avanços, o Pix segue como uma das ferramentas de pagamento mais inovadoras do país, refletindo sua evolução e a crescente adesão por parte dos brasileiros.

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