BANCO CENTRAL
Pix ultrapassa dinheiro em espécie e se torna meio de pagamento mais utilizado no Brasil
Por Redação - Em 04/12/2024 às 11:42 AM
O Pix ultrapassa o uso de dinheiro em espécie no Brasil, tornando-se o meio de pagamento mais utilizado, segundo a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Banco Central (BC). O estudo revelou que 76,4% da população brasileira utiliza o Pix, sendo o meio de pagamento mais frequente para 46% dos entrevistados. Em comparação, o dinheiro em espécie é utilizado por 68,9% da população, sendo a forma mais frequente para 22% dos consultados.
A pesquisa comparou os dados com os resultados de 2021, quando o Pix ainda estava em fase inicial de operação. Naquele ano, o Pix era utilizado por 46% da população, com 17% indicando que ele era o meio de pagamento mais frequente. Em 2021, o dinheiro era o método mais utilizado, com 83,6% da população recorrendo a ele, sendo o mais frequente para 42% dos entrevistados.
Além do Pix e do dinheiro, o levantamento também apontou o uso de cartões de débito e crédito. O cartão de crédito é considerado o meio de pagamento mais frequente nos estabelecimentos comerciais, de acordo com 42% dos caixas entrevistados.
Apesar do crescimento do Pix, o dinheiro em espécie ainda mantém uma presença significativa, especialmente entre a população com menor poder aquisitivo. O estudo mostrou que 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos e 69% dos que ganham entre dois e cinco salários mínimos utilizam cédulas e moedas. O uso do dinheiro diminui conforme a renda aumenta, sendo utilizado por 59,4% das pessoas com rendimentos entre cinco e dez salários mínimos e por 58,3% daqueles com mais de dez salários mínimos.
A pesquisa também revelou que o uso do dinheiro em espécie é maior entre os idosos. Cerca de 72,7% das pessoas com 60 anos ou mais utilizam cédulas e moedas, enquanto o percentual é de 68,6% entre os jovens de 16 a 24 anos.
A pesquisa, realizada entre 28 de maio e 1º de julho de 2024, ouviu 2.000 pessoas, sendo 1.000 caixas de estabelecimentos comerciais. A margem de erro é de 3,1%, com um nível de confiança de 95%. O objetivo do estudo, segundo o BC, é aprimorar a gestão do meio circulante e as ações de divulgação sobre as características das cédulas e moedas do Real.