LEVANTAMENTO HIDROGRÁFICO
Porto do Pecém é o primeiro do País a usar embarcação autônoma para atualizar carta náutica
Por Redação - Em 25/01/2024 às 3:36 PM
O Porto do Pecém é o primeiro terminal portuário do Brasil a usar a embarcação de serviço Guará, que opera de forma autônoma (USV), para realizar um levantamento hidrográfico com objetivo de atualizar a Carta Náutica nº 711 e realizar um estudo de sísmica rasa. O levantamento permitiu um maior conhecimento do solo marinho. O resultado foi aprovado neste mês de janeiro pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).
“Essa aprovação atesta a qualidade do serviço, que foi executado nos padrões mais rigorosos da Marinha, colocando o Pecém, mais uma vez, na vanguarda da inovação do setor portuário”, destaca Fábio Abreu, diretor de Engenharia do Complexo do Pecém. Além da área interna, o levantamento cobriu também a rota proposta para um canal de acesso para embarcações de grande porte, a área de fundeio dos petroleiros e futuras áreas de expansão do Porto do Pecém.
De acordo com Felipe Guimarães, engenheiro responsável pelo projeto, o uso de embarcações tipo USV em levantamentos hidrográficos é inovador no mundo e possui um grande potencial por sua eficiência operacional, já que são capazes de operar de forma autônoma, eliminando a necessidade de tripulações a bordo. “Isso resulta em uma coleta de dados mais produtiva, pois as missões podem ser realizadas de forma contínua, 24 horas por dia, sem interrupções para descanso ou troca de tripulação”, aponta.
Ele explica que esse tipo de embarcação oferece uma redução de custos e de erros humanos, diminuindo a probabilidade de danos às embarcações e equipamentos. “Além disso, a ausência de tripulação a bordo elimina os riscos associados à exposição humana a condições adversas, como tempestades ou ambientes hostis. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo a probabilidade de acidentes e melhorando a segurança das operações”.
Outra vantagem é a coleta de dados em tempo real, o que permite que as informações sejam transmitidas instantaneamente para centros de controle em terra. “Isso proporciona uma tomada de decisão mais rápida e eficaz, permitindo ajustes imediatos nas operações com base nos dados em tempo real”, finaliza Felipe Guimarães.