Potenciais do Pecém e da ZPE são expressivos em 2019
Por Admin - Em 29/11/2018 às 5:47 PM
A Expolog encerra hoje, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), depois de dois dias de imersão nos mais variados assuntos relacionados à logística de transporte de cargas, nos mais diferentes modais: aéreo, ferroviário, marítimo e rodoviário.
E dentro destes, um dos que vem obtendo amplo destaque é o marítimo, tendo em vista a parceria fechada entre os portos do Pecém e de Roterdã, bem como a existência da única free zone em plena operação no País, a ZPE-Ceará. E as perspectivas para 2019 são muito positivas.
De acordo com o diretor da Tecer, Carlos Maia, que está atuando fortemente no CIPP S.A. com a prestação de serviços de logística, a expectativa para o ano que vem extremamente positiva, por causa dessa parceria, que deve atrair novos investimentos para o complexo industrial e portuário.
“Roterdã é um dos principais portos do mundo, o maior da Europa e com o label Roterdã a gente imagina que muitos investidores vão olhar para o Pecém com um viés muito maior da segurança, pois Roterdã vai inserir o Pecém na sua rede de portos do mundo, que começará a enxergar mais o nosso porto, atraindo novos negócios”, explicou o empresário.
Como o Pecém tem um calado natural profundo e de rocha, pode operar grandes navios confeiteiros, que viriam da Ásia, passando pelo Canal do Panamá, descarregando aqui e seguindo em navios menores, por cabotagem, rumo a outros portos no Brasil e América do Sul.
Segundo o empresário, o Porto do Pecém está pronto para ser um Hub portuário, trazendo para o modal marítimo o que, hoje, algumas companhias já estão fazendo com o modal aéreo, que não precisa descer para o Sudeste do Brasil, a fim de ir para a Europa ou Estados Unidos. O Norte e o Nordeste está embarcando em Fortaleza.
“Representamos (N/NE) 40% da população brasileira e representamos 20% do PIB. Grande parte das mercadorias que chegam para estas duas regiões vão primeiro para o Sudeste, para depois subirem por cabotagem. Precisamos convencer os armadores, para que as cargas do Norte e Nordeste fiquem no Pecém e, daqui, siga por meio da cabotagem para outros estados”, destacou.
O diretor da Tecer lembrou, ainda, que um vinho português pode levar até 40 dias para chegar no ponto de venda aqui no Ceará, quando estamos a apensa sete dias de navegação dos portos de Portugal.
Ä nossa logística não pode estar mais sujeita a depender dos portos de Santos, Paranaguá. Temos de fazer que a lógica do transporte marítimo use o nosso hub portuário como o seu porto concentrador de cargas, pois estamos preparados para podermos fazer frente a essa demanda”, completou Carlos Maia.
Já o diretor da ZPE-Ceará, Mário Lima Júnior, destacou que a junção de porto e área industrial é um exemplo exitoso. “Temos outros exemplos no Brasil e a ZPE-Ceará uma administradora de free zone, que opera há quatro anos de uma forma efetiva, e com grande sucesso. E deverá atrair muitos investimentos para o Ceará, nos próximos anos”, afirmou.
Movimentação de mercadorias no Porto do Pecém deverá crescer exponencialmente no ano que vem
Foto: Divulgação