O Desenrola Pequenos Negócios permite que as dívidas sejam renegociadas diretamente com os bancos, com a mediação do governo FOTO: Freepik

O prazo para que microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas renegociem suas dívidas bancárias por meio do programa Desenrola Pequenos Negócios se encerra no próximo dia 31 de dezembro. A iniciativa, que faz parte do Programa Acredita, do governo federal, tem como objetivo aliviar a situação financeira de pequenos negócios que enfrentaram dificuldades após a pandemia. Até o momento, mais de 95 mil operações foram realizadas, resultando na renegociação de aproximadamente R$ 6 bilhões em dívidas, conforme informado pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com o gerente de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Valdir Oliveira, a renegociação é essencial para muitos empresários. “A pandemia deixou um legado de endividamento e 6,5 milhões de CNPJs estão com dívidas, com pendências que precisam ser resolvidas para terem acesso a novos créditos”, destacou. A medida tem como objetivo auxiliar os pequenos empresários a reestruturar suas finanças e retomar o crescimento.

O Desenrola Pequenos Negócios permite que as dívidas sejam renegociadas diretamente com os bancos, com a mediação do governo. Através de incentivos tributários, o governo estimula as instituições financeiras a oferecerem condições facilitadas de pagamento, com descontos que podem variar de 20% a 95% sobre o valor total da dívida.

Valdir Oliveira aconselha que os empresários busquem orientação antes de firmar novos acordos. “Procurar o Sebrae é fundamental, porque, para renegociar, é preciso planejar. Rever as suas contas, entender o que cabe e não cabe no seu orçamento é importantíssimo antes de entender a proposta que o banco tem a oferecer”, afirmou.

Além do Desenrola, o Sebrae também tem atuado no Programa Acredita, que visa ampliar o acesso ao crédito para as micro e pequenas empresas. Com o apoio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), o programa permite que cerca de 30 instituições bancárias em todo o país ofereçam recursos que foram estimulados por um aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae. Esse montante permitirá operações de crédito que devem somar R$ 30 bilhões nos próximos três anos.