LIDE LIVE CEARÁ
Presidente da Eletrobras defende a privatização e diz que contas de energia devem ter valores menores em um ano
Por Marcelo - Em 02/07/2020 às 1:37 PM
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou durante o LIDE Live Ceará, apresentado pela empresária Emília Buarque, que a privatização é a melhor opção para a empresa. E que o setor elétrico brasileiro é o oitavo maior mercado do mundo, com 171.879 MW de capacidade instalada.
Mas existe a necessidade de R$ 407 bilhões de investimentos em dez anos nas áreas de geração e transmissão em todo o território nacional. E que há mudanças no processo com a geração distribuída, basicamente por meio de solar e eólica, com novas oportunidades de geração de energia e valor para mais steakholders.
O País possui, atualmente, 156.530 quilômetros de linhas de transmissão em funcionamento, o que permitiria dar quase quatro voltas na terra. Ele acredita que o crescimento do consumo de energia será 11% maior que a expansão do PIB nacional. “Portanto a Eletrobras poderá dar uma grande contribuição para o crescimento do Brasil, com geração mais barata para atender a todos os setores”, afirmou.
A Eletrobras tem, hoje, 12.619 colaboradores, com 51.183 MW de produção instalados e 71.523 quilômetros de linhas de transmissão. É a maior empresa elétrica da América Latina, listada em bolsas no Brasil, Estados Unidos e Europa, com 38,31% de investidores free float.
Wilson lembrou que a derrocada da Eletrobras foi a MP 579-2012, que concedeu um desconto de 20% nas contas de energia dos consumidores, exatamente num momento em que estava construindo grandes hidrelétricas como Jirau, Santo Antônio, Belomonte. Isso gerou até 2015, um prejuízo líquido de R$ 31 bilhões.
Com a reestruturação da companhia, saiu deste prejuízo e atingiu um lucro de aproximadamente R$ 25 bilhões até o ano passado. E acredita que até o fim deste ano deve chegar a uma reversão próxima do prejuízo registrado há cinco anos.
Já o empresário Beto Studart destacou que o custo com a tarifa de energia é muito elevado para o setor industrial, pois há um paradoxo de que o Brasil tem um dos menores custos de produção do mundo e uma das maiores tarifas de distribuição do planeta.
Ao que Wilson Ferreira ressaltou que o Brasil teve um custo elevado devido à contratação de termelétricas por valores altos, que impactaram nas contas. “Mas em cerca de um ano entram em operação novas termelétricas a gás, com custos menores, o que reduzirá os valores cobrados dos consumidores”, disse Wilson Ferreira.