Foram firmados 193.744 contratos a partir de 11.610.340 propostas enviadas pelos trabalhadores

O programa Crédito do Trabalhador já registrou mais de R$ 1,28 bilhão em empréstimos até a quinta-feira (27), após sete dias de operação. Os dados, fornecidos pela Dataprev ao Ministério do Trabalho e Emprego, indicam que, entre sexta-feira (21) e quinta-feira (27), foram firmados 193.744 contratos a partir de 11.610.340 propostas enviadas pelos trabalhadores. O valor médio do empréstimo por trabalhador foi de R$ 6.623,48, com parcelas mensais de R$ 347,23 e um prazo médio de 19 meses para pagamento.

O ministro em exercício, Francisco Macena, destacou que a alta demanda por crédito reflete a busca dos trabalhadores por opções mais acessíveis para substituir dívidas com juros mais elevados, como o crédito rotativo do cartão de crédito. Ele ressaltou a importância de tomar decisões cuidadosas, avaliando as condições e aguardando o maior número de ofertas de diferentes instituições financeiras.

Atualmente, o crédito consignado privado soma cerca de 3,8 milhões de contratos, totalizando mais de R$ 40 bilhões, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O Ministério do Trabalho e Emprego projeta que, nos próximos quatro anos, cerca de 25 milhões de trabalhadores terão acesso a esse tipo de crédito, com taxas de juros mais competitivas.

O programa, regulamentado pela Medida Provisória nº 1.292, está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital para trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, rurais e microempreendedores individuais (MEI). A partir de 25 de abril, as instituições financeiras estarão autorizadas a oferecer o crédito por meio de suas plataformas digitais.

Para os trabalhadores que já tiverem contratado empréstimos, existe a possibilidade de migração para a nova linha de crédito do Crédito do Trabalhador, com condições mais vantajosas. O cancelamento do empréstimo poderá ser feito em até sete dias após o recebimento do crédito, com a devolução do valor integral à instituição financeira.

Em caso de demissão, o trabalhador poderá utilizar até 10% do saldo do FGTS ou até 100% da multa rescisória para quitar o empréstimo. Caso reste saldo devedor, ele será cobrado no novo vínculo empregatício.

A adesão ao programa é feita por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, onde os trabalhadores podem solicitar propostas de crédito e comparar as condições oferecidas pelas instituições habilitadas. A partir de 25 de abril, será possível realizar contratações diretamente nos canais eletrônicos dos bancos.

O programa não substitui o Saque-Aniversário do FGTS, que continuará em vigor. Além disso, o trabalhador poderá realizar mais de uma simulação de empréstimo, podendo fazer uma nova simulação após 24 horas da primeira tentativa.