O aumento no consumo poderia impulsionar a demanda e a atividade econômica, especialmente nos setores de varejo e serviços

Técnicos da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof), do Congresso Nacional, estimam que a reforma do Imposto de Renda (IR) proposta pelo governo federal resultaria em um aumento de R$ 10,3 bilhões no consumo e uma redução de 1,1% na desigualdade de renda no Brasil.

A proposta do governo prevê isenção de IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais, redução do imposto para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, e a criação de um “imposto mínimo efetivo” para pessoas com ganhos superiores a R$ 50 mil.

Segundo a Conof, a principal consequência macroeconômica seria o aumento do consumo, pois pessoas com rendimentos mais baixos tendem a consumir uma maior proporção de sua renda. Esse aumento no consumo poderia impulsionar a demanda e a atividade econômica, especialmente nos setores de varejo e serviços.

Em termos de redistribuição de renda, os técnicos estimam que a reforma resultaria em uma transferência de recursos equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, redistribuindo riqueza das classes mais altas para as mais baixas.

Além disso, a Conof calcula que a reforma aumentaria em quase 30% a progressividade da tabela do IR, o que contribuiria para uma redução de 1,1% na desigualdade de renda entre os mais de 40 milhões de brasileiros que declaram o imposto.