Para obter a ETA, os viajantes deverão preencher um formulário online simples, que custa 10 libras esterlinas

A partir desta quarta-feira (2), turistas da União Europeia (UE) precisarão obter uma autorização eletrônica para viajar ao Reino Unido. A medida é parte de um novo sistema de controle de fronteiras, que busca aprimorar a segurança e tornar a imigração mais eficiente. A autorização, chamada Electronic Travel Authorisation (ETA), será obrigatória para todos os cidadãos da UE, do Espaço Econômico Europeu e de outros países isentos de visto, antes da entrada no país.

Para obter a ETA, os viajantes deverão preencher um formulário online simples, que custa 10 libras esterlinas (cerca de 12 euros), com aumento para 16 libras a partir de 9 de abril. O processo é rápido e em sua maioria automático, bastando responder algumas perguntas e fornecer uma foto e dados pessoais. O pedido será aprovado na maior parte das vezes em questão de minutos, e a autorização é vinculada ao passaporte, permitindo múltiplas entradas ao Reino Unido durante um período de dois anos, com permanências de até seis meses por vez.

O governo britânico já havia introduzido a ETA para cidadãos de países como Estados Unidos e Austrália no ano passado e agora estende a exigência aos cidadãos europeus. A ministra da Migração, Seema Malhotra, justificou a mudança como uma forma de aumentar a segurança nas fronteiras, sem prejudicar a liberdade de movimento. “A ETA é um avanço importante para garantir a segurança e simplificar o processo de entrada no país”, afirmou Malhotra.

A medida não deve causar grandes impactos no turismo, segundo as autoridades britânicas. Em 2023, o Reino Unido registrou 22,5 milhões de visitantes da União Europeia, um aumento considerável em relação aos 19 milhões de 2022. Apesar da nova exigência, a expectativa é que o fluxo de turistas continue estável.

O sistema será implementado de forma gradual, e as empresas de transporte – como companhias aéreas, de trem e balsas – terão a responsabilidade de garantir que os passageiros possuam a autorização antes do embarque. A easyJet, uma das principais operadoras do Reino Unido, declarou que não espera uma queda na procura por voos devido à nova exigência.

Além de melhorar a segurança, a mudança é uma tentativa de alinhar o Reino Unido a outras nações que já adotam controles eletrônicos para monitorar visitantes internacionais. O governo britânico acredita que a ETA ajudará a manter o país seguro, sem dificultar a experiência dos viajantes.