ESTUDO DO IPEA

Remuneração do trabalho cresce 5,8% em julho

Por Redação - Em 06/09/2024 às 1:52 PM

Dinheiro Cédula De Real Moedas Foto Pixabay

O rendimento habitual médio real atingiu R$ 3.255,00 em abril de 2024 FOTO: Pixabay

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (6) indica que os rendimentos do trabalho apresentaram uma nova elevação no segundo trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior. A renda habitual média aumentou 5,8% em termos anuais. No entanto, estimativas mensais mostram que o rendimento habitual médio real atingiu R$ 3.255,00 em abril de 2024, recuando para R$ 3.187,00 em julho de 2024, o que representa uma redução de 2,1%.

A nota “Retrato dos Rendimentos do Trabalho – Resultados da PNAD Contínua do Segundo Trimestre de 2024”, baseada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira e do setor público tiveram um crescimento interanual da renda superior a 7% no segundo trimestre de 2024, com taxas de 7%, 7,9% e 7,4% respectivamente. Em contraste, trabalhadores privados com carteira tiveram um crescimento de 4,4%, mantendo um ritmo mais lento de crescimento desde o início de 2023.

Os maiores aumentos na renda foram registrados na região Nordeste (8,5%), entre trabalhadores acima de 60 anos (8,8%) e com ensino superior (5,7%). Em contraste, trabalhadores com ensino fundamental incompleto ou menor escolaridade apresentaram um aumento modesto de 1,1%. O crescimento foi menor no Centro-Oeste (3,3%), entre jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e em regiões metropolitanas (4,4%).

O estudo também mostra que, apesar de uma melhora na renda habitual das mulheres em 2023, que superou o crescimento dos homens no quarto trimestre (4,2% contra 2,5%), no segundo trimestre de 2024 o crescimento da renda foi maior entre os homens (6,2% para homens e 5,2% para mulheres).

Setorialmente, os piores desempenhos foram observados nos setores de construção, agricultura e serviços profissionais, com quedas de 1%, e aumentos de 0,5% e 2,1%, respectivamente. Em contraste, os setores da indústria e administração pública tiveram crescimento superior a 8%.

O estudo também aponta que, apesar do aumento da renda individual dos trabalhadores, a renda média por domicílio caiu em todas as faixas de renda, exceto nas faixas de renda muito baixa, que apresentou um pequeno crescimento. A desigualdade na renda individual aumentou ligeiramente, enquanto a desigualdade na renda domiciliar permaneceu estável.

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