Roberto Cláudio lança PMI para eficientização energética

Por Admin - Em 07/12/2018 às 8:30 AM

Com a expectativa de investimentos da ordem de R$ 50 milhões, o prefeito Roberto Cláudio lançou o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a escolha da empresa que realizará o estudo de viabilidade para a implantação de projeto de eficientização, gestão, operacionalização e manutenção energética nos equipamentos geridos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

A iniciativa faz parte do Programa Fortaleza Competitiva e visa aproveitar o avanço tecnológico e normativo do setor elétrico, com a implantação de projetos que permitam a redução de custos com energia e maior sustentabilidade ambiental.

Dentre as expectativas da Prefeitura após a implantação do projeto, está a redução das emissões de CO² em aproximadamente 10% e do custo com energia em cerca de 25%. Para Roberto Cláudio, esse tipo de gestão possui dois benefícios práticos: a diminuição de custos com eletricidade dos equipamentos de saúde e o desenvolvimento e estímulo para a geração de energias a partir de fontes renováveis.

“O mundo inteiro tem colocado os olhos em cima dessa questão. Cada vez mais é uma preocupação de reduzir a dependência de combustíveis fósseis por razões naturais, econômicas e ambientais, e graças a um conjunto de investimentos, principalmente acadêmico e em tecnologia, esse tipo de geração tem ficado cada vez mais eficiente”, afirmou o Prefeito.

Segundo dados de 2018 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); chega na ordem dos R$ 62,2 bilhões a dívida da União com as distribuidoras de energia, a ser paga com incrementos na tarifa até 2024. Por sua vez, a tarifa para a classe de consumo do poder público em Fortaleza (Classe B3) aumentou progressivamente de 0,44 R$/kWh em 2013 para 0,74 R$/kWh em 2017.

Somente a Secretaria Municipal de Saúde possui um custo anual com energia de aproximadamente R$ 14,4 milhões, considerando as 186 unidades consumidoras entre hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); um consumo anual de cerca de 19 GWh.

Para o coordenador de Parcerias Público-Privadas e Concessões de Fortaleza (PPPFor), Rodrigo Nogueira, os aumentos das tarifas ressaltam a importância da implantação de medidas de eficiência energética para reduzir custos e melhorar o desempenho das unidades no aspecto de sustentabilidade ambiental.

“É provável que a tarifa continue subindo acima do valor da inflação. Esse programa, além de reduzir a conta nesse momento, também nos garante que, se a tarifa aumentar, a nossa não será alterada. Nossa economia seja bem superior a esses 25%”, ressaltou.

O lançamento desta PMI é o segundo realizado pela Prefeitura de Fortaleza, sendo o primeiro voltado para a gestão energética no setor da educação. As empresas têm, a partir do último dia 5, 20 dias para se apresentarem; e contam mais 120 dias após a autorização como prazo para a entrega do projeto.

No total, serão três empresas autorizadas, com um valor de estudo de R$ 1.97 bilhão a ser pago pelo vencedor do edital. O contrato de parceria seguirá pelos próximos 20 anos. Outros estudos neste mesmo arranjo público-privado estão sendo desenvolvidos pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da PPPFor.

Prefeito explicou como vai funcionar a PMI e o volume de redução de gastos com energia elétrica

Foto: Divulgação

Mais notícias

Ver tudo de IN Business