O avanço do saldo de crédito no Nordeste ocorreu devido à expansão das carteiras de crédito das pessoas físicas e das empresas

O saldo das operações de crédito realizadas pelo Sistema Financeiro Nordestino somaram R$ 749,6 bilhões em julho de 2023, crescimento de 11,6% em relação a igual mês de 2022. O avanço foi superior ao registrado no Brasil em igual período (8,6%). Os números foram levantados e divulgados, nessa sexta-feira, pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

“O crédito, com juros atrativos e prazo adequado, é uma das forças-motrizes do desenvolvimento econômico, na medida em que possibilita a implantação de novos negócios, bem como ampliação e modernização dos empreendimentos”, avalia o economista e pesquisador do Etene, Allisson Martins, lembrando que o levantamento considera dados do Banco Central. “A expansão do saldo sinaliza que a concessão de crédito está ocorrendo de forma mais rápida que os reembolsos, o que é natural ocorrer, sobretudo em operações de longo prazo”, acrescenta.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, a trajetória ascendente do crédito no Nordeste foi registrada tanto das carteiras de crédito das pessoas físicas, que registrou aumento de 12,2%, e das empresas, que apontou elevação em 10,2%. O saldo das operações de empréstimos e financiamentos no final do mês de julho, destinado às famílias, representava 70,5% do total, cabendo a parcela restante (29,5%) às empresas.

Regiões

Regionalmente, consideradas as operações acima de R$ 1 mil, a maior expansão no saldo de crédito até julho de 2023, pela métrica do acumulado dos últimos doze meses, foi na Região Norte, que registrou crescimento no saldo de crédito de 17,3%. O Nordeste, com crescimento de 11,6%, na mesma base de comparação, ficou em terceiro lugar no crescimento da carteira de crédito, logo após a Região Centro-Oeste, que avançou 11,9%.