No Brasil, um dos principais desafios do setor é o custo elevado do querosene de aviação, o mais caro do mundo FOTO: Freepik

Após um ano desafiador em 2024, o setor aéreo global se prepara para um 2025 promissor. De acordo com a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), o lucro líquido global do setor está projetado para alcançar US$ 36,6 bilhões, marcando uma recuperação significativa. Para a América Latina, a previsão é de um lucro líquido de US$ 1 bilhão em 2024, com um crescimento para US$ 1,3 bilhão no ano seguinte. Dany Oliveira, Country Director da Iata no Brasil, destaca o impacto das reestruturações das empresas aéreas para esse cenário otimista.

No Brasil, um dos principais desafios do setor é o custo elevado do querosene de aviação, o mais caro do mundo, além de questões jurídicas que impactam a operação. Oliveira afirma que manter o foco na redução de custos será fundamental para garantir que o setor continue a crescer em 2025.

Em outras regiões, os números também mostram um cenário misto:

América do Norte: Apesar de liderar em termos de lucro líquido absoluto, a região ainda não alcançou os níveis de lucratividade anteriores à pandemia, principalmente devido ao desempenho mais fraco das empresas low cost (LCC).

Europa: Enfrentando desafios como paralisações de frota e tarifas aeroportuárias mais altas, a região viu uma leve queda nos lucros, que devem somar US$ 10 bilhões em 2024. Porém, espera-se crescimento no número de RPKs (passageiros pagos por quilômetro) em 2025, impulsionado pela recuperação das LCCs.

Ásia-Pacífico: Com uma impressionante alta de 18,6% na demanda RPK em 2024, a região deve registrar um lucro líquido de US$ 3,6 bilhões em 2025, impulsionado pelo aumento do tráfego e maior fator de ocupação.

Oriente Médio: Com um lucro líquido estimado de US$ 5,3 bilhões e uma margem de 7,7% em 2024, a região segue se beneficiando de um desempenho econômico sólido e forte atividade de investimentos.

África: Embora os lucros sejam modestos, com uma previsão de US$ 100 milhões em 2024, a região apresenta sinais de crescimento, com expectativas de um pequeno aumento nos resultados em 2025.