O setor calçadista cearense deverá ser beneficiado com a mudança na legislação norte-americana com relação ao comércio exterior, que foi sancionada há cerca de 15 dias pela Casa Branca, que vai entrar em vigor no próximo dia 13 de outubro.

Trata-se da “Miscellaneous Tariff Bill Act of 2018”, cuja redação possibilita um diminuição das tarifas de importação para um total de 1,6 mil produtos manufaturados, incluindo nesta lista os calçados, um dos principais produtos da pauta exportadora cearense para os Estados Unidos.

Para Ana Karina Frota, diretora do Centro Internacional de Negócios da FIEC, o Ceará é o segundo maior exportador de calçados do País, em valor exportado, e o primeiro em número de pares. Sobral é o maior exportador desse tipo de produto do Brasil. E os sintéticos representam 60% do total.

O principal mercado é a Argentina, mas os EUA estão em segundo lugar, com cerca de US$ 30 milhões (Fob). “Redução de alíquotas é muito importante. A facilitação do comércio resulta num incremento nestas relações bilaterais e servem de incentivo para as empresas que querem diversificar mercado”, disse Ana Karina. 

Com previsão de vigência até 31 de dezembro de 2020, entretanto, a nova legislação pode ser alterada a qualquer momento, a depender do entendimento do governo Trump com relação a como ficarão as relações comerciais com a redução.

Atualmente, a tarifas estão compreendidas num intervalos entre 6% e 37,5% sobre o valor dos produtos. Afinal, terão taxas menores cerca de 40 categorias de calçados, dentre eles de tecido, couro, sintéticos ou de segurança. 

De janeiro a agosto deste ano, o Brasil exportou 69 milhões de pares de calçados para diversos países do mundo, que geraram receitas de US$ 628,3 milhões. Para os Estados Unidos foram 6 milhões de pares e US$ 100,3 milhões em valor.

Ceará é o segundo maior exportador de calçados  do País em valor e primeiro em número de pares

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