As turbulências do mercado brasileiro, aliadas a um período eleitoral que se mostra polarizado, faz com que as ações das companhias comercializadas na B3 tenham perspectivas não muito animadoras neste início de ano. Apesar disso, um setor parece demonstrar possibilidades de bom desempenho, segundo analistas.

Pelo menos é que o consta no relatório do Credit Suisse desta segunda-feira (21), mostrando acreditar que os papéis das companhias do ramo farmacêutico podem representar uma boa opção de investimento para os próximos meses. E a rede cearense Pague Menos surge como uma de suas principais apostas.

Pague Menos teve suas ações bem recomendadas pelo Credit Suisse                Foto: Divulgação

Tanto que, de acordo com o documento, o banco internacional recomenda um outperform das ações com preço-alvo de R$ 17,00 – o que é um valor significativamente superior ao fechamento do pregão da B3 da última sexta-feira (18), cotadas a R$ 9,38.

O desempenho da farmacêutica cearense é tão bom que a companhia já apresenta um valor de mercado um pouco superior a R$ 4 bilhões. Já outra grande rede do segmento, a Raia/Drogasil teve suas ações negociadas a R$ 23,70 na última sexta, mas a recomendação do Credit Suisse é neutra e o preço-alvo é de R$ 27,00.

Dentre as variáveis apontadas pelo banco para a boa expectativa deste setor para basear suas recomendações está a nova alta de casos de Covid-19 em todo o País e o provável aumento dos preços do segmento na casa de dois dígitos nos próximos meses, bem como o maior expectativa de vida da população brasileira.

Outro ponto importante destacado pelos analistas de mercado do Credit Suisse foi o desempenho apresentado pela Pague Menos após ter realizado o seu IPO, em 2020, bem como às melhorias consistentes na execução do seu plano de expansão orgânica. Há, entretanto, uma expectativa com relação à aprovação, pelo Cade, da compra da Extrafarma, realizada no ano passado.