O desempenho do setor imobiliário cearense sofreu forte impactos no mês de março, com retração de vendas em todos os segmentos, como residenciais verticais e horizontais, comerciais e de segunda moradia. E registrou queda de 64% nas vendas de imóveis de médio e alto padrão.

O único que registrou alta nas vendas foi o Minha Casa Minha Vida, que comercializou 252 unidades e apresentou um crescimento de 39% na comparação com fevereiro e alcançou um VGV de R$ 36 milhões.

O primeiro Flash Imobiliário após o início da pandemia de coronavírus, que analisou 226 empreendimentos dos cinco tipos em Fortaleza, Aquiraz, Caucaia e Eusébio, pertencentes a 66 empresas da construção civil e incorporações.

Ricardo Bezerra destacou os efeitos da pandemia                           Foto: Portal IN News

Comandado pelo diretor da Lopes Immobilis, Ricardo Bezerra, o levantamento demonstrou que não houve nenhum lançamento no mês passado, e foram comercializadas apenas 35 unidades, fazendo com que o estoque no início deste mês ficasse em 3.537 imóveis, exceto o MCMV.

Com esse volume reduzido de vendas, principalmente por causa das medidas de isolamento social decretadas em todo o Ceará, o VGV de março nos residenciais verticais foi de R$ 25 milhões. E o acumulado deste ano ficou em 297 unidades com um VGV de R$ 216 milhões.

A venda de residenciais horizontais fechou o mês passado com a comercialização de quatro unidades, enquanto os imóveis de segunda moradia registraram apenas uma comercialização. Enquanto a venda de salas comerciais zerou em março.

“A gente percebeu algo inusitado, pois a queda das vendas em março, no segmento alto e médio padrão de residenciais verticais, caiu 64%, quando o esperado seriam 33%. Já o MCMV teve um aumento de vendas de 35%, o que nos surpreendeu nesse primeiro mês com os impactos da quarentena devido ao coronavírus”, disse Ricardo Bezerra.