A cesta de 35 itens de consumo básico, conhecida como Abrasmercado, deve encarecer 1,10% em janeiro

O setor supermercadista brasileiro está otimista para 2025, com projeções de crescimento no consumo das famílias de 2,7% no acumulado do ano. A previsão, divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), se baseia no aquecimento do mercado de trabalho e na melhora da renda da população, fatores que têm impulsionado o desempenho do setor nos últimos anos.

O vice-presidente institucional da Abras, Marcio Milan, destacou que o crescimento contínuo do consumo nas últimas três décadas é um indicativo de um cenário positivo. De acordo com a associação, o consumo aumentou 3,89% em 2022, 3,09% em 2023 e 3,72% em 2024. Essa tendência de alta reflete a recuperação econômica gradual do país e a resiliência do mercado supermercadista.

No entanto, a associação também alertou para desafios que podem impactar o poder de compra das famílias. A cesta de 35 itens de consumo básico, conhecida como Abrasmercado, deve encarecer 1,10% em janeiro, totalizando R$ 803,37. Já a cesta de alimentos essenciais, com 12 produtos, deve atingir R$ 347,70, registrando um aumento de 0,71% no mesmo período.

Apesar do cenário otimista, Milan ressaltou que fatores como a inflação, a alta do dólar, o aumento da taxa Selic e o preço dos combustíveis podem afetar as projeções de crescimento do setor. Além disso, a desaceleração prevista no ritmo de geração de empregos pode ser um fator limitante para a recuperação total do consumo.

O setor continua atento a esses movimentos econômicos, buscando ajustar suas estratégias para manter o equilíbrio entre o crescimento do consumo e os custos crescentes dos produtos.