6,8 MILHÕES DE PESSOAS
Taxa de desemprego cai para 6,1%; menor nível desde 2012
Por Redação - Em 27/12/2024 às 10:15 AM
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, o menor nível para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27), o número de pessoas desocupadas caiu para 6,8 milhões, representando uma redução tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2023.
A taxa de desocupação registrou um declínio de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2024, quando havia sido de 6,6%, e uma queda mais expressiva de 1,4 ponto percentual quando comparada ao mesmo trimestre de 2023, quando a taxa foi de 7,5%.
A população desocupada apresentou um recuo de 7,0% no trimestre, o que representa menos 510 mil pessoas sem emprego. Já na comparação com o ano passado, o número de desocupados caiu 17,5%, ou seja, menos 1,4 milhão de pessoas sem trabalho. A melhora no mercado de trabalho também é refletida na população ocupada, que atingiu a marca de 103,9 milhões de trabalhadores, um recorde histórico. A população ocupada cresceu 1,4% no trimestre (mais 1,4 milhão de pessoas) e 3,4% no ano (mais 3,4 milhões de pessoas).
Recorde no nível de ocupação
O nível de ocupação — que indica o percentual de pessoas empregadas na população em idade de trabalhar — também atingiu um recorde de 58,8%, mostrando um aumento tanto no trimestre quanto no ano. O crescimento foi de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,4 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023.
Taxa de subutilização e população desalentada
Outro indicador positivo foi a redução da taxa de subutilização da força de trabalho, que foi de 15,2%, o menor nível desde 2014. A subutilização engloba as pessoas que estão desempregadas, aquelas que trabalham menos do que poderiam ou que não procuram emprego, apesar de estarem disponíveis para trabalhar. A população subutilizada foi de 17,8 milhões, a menor desde maio de 2015, com uma redução de 3,9% no trimestre e de 11% no ano.
A população desalentada — pessoas que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não conseguirão encontrar — também apresentou queda, ficando em 2,7% da população, a menor taxa desde 2016. Embora estável no trimestre, houve uma redução de 10,3% (menos 349 mil pessoas) no número de desalentados em comparação com o ano passado.
Setor privado e emprego formal
No mercado de trabalho, o Brasil registrou 53,5 milhões de pessoas trabalhando no setor privado, um número recorde. O crescimento foi de 1,3% no trimestre (mais 661 mil pessoas) e de 4,6% no ano (mais 2,4 milhões de pessoas). Os empregados com carteira assinada também alcançaram um novo recorde, com 39,1 milhões de trabalhadores, representando uma alta de 1,3% no trimestre e de 3,7% no ano (mais 1,4 milhão de pessoas). Em contraste, os empregados sem carteira assinada permaneceram estáveis no trimestre, mas cresceram 7,1% (mais 959 mil pessoas) ao longo do ano.
O número de trabalhadores no setor público também foi recorde, com 12,8 milhões de pessoas, representando uma estabilidade no trimestre e um aumento de 5,6% (mais 685 mil pessoas) no ano.
Informalidade e rendimento
Apesar dos avanços no emprego formal, a taxa de informalidade no Brasil continua alta, atingindo 38,7% da população ocupada, o que representa 40,3 milhões de trabalhadores. Esse número mostrou uma leve queda em relação ao trimestre anterior (38,8%) e ao mesmo período de 2023 (39,2%).
O rendimento real habitual dos trabalhadores no Brasil foi de R$ 3.285, um aumento modesto frente ao trimestre anterior. Já a massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, atingiu um recorde de R$ 332,7 bilhões, com crescimento de 2,1% no trimestre e de 7,2% no ano, refletindo um aumento de R$ 7,1 bilhões no trimestre e de R$ 22,5 bilhões ao longo do ano.