79.567 empregos

Temporada de Cruzeiros 2022/2023 injetou R$ 5,1 bilhões na economia brasileira

Por Redação - Em 04/09/2023 às 10:32 AM

Cruzeiros Foto Mtur

Conforme o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, a temporada 2022/2023 movimentou 802.758 turistas FOTO: Mtur

Movimentando 802.758 turistas, a temporada de cruzeiros 2022/2023 injetou R$ 5,1 bilhões na economia brasileira e contribuiu para a geração de 79.567 postos de trabalho diretos e indiretos no País. Os dados são do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2022/2023 e foram divulgados pelo Ministério do Turismo.

Conforme o estudo, que foi produzido por meio de uma parceria entre a CLIA Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), cada 1 real investido no setor movimentou R$ 4,05 na economia nacional. O gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 5.073,51 e o tempo médio da viagem foi de 4,9 dias. A média de impacto econômico gerada nas cidades de escala foi de R$ 639,37 e de R$ 813,56, nas cidades de embarque e desembarque.

Ao participar da abertura do evento, o secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi, enalteceu a força do segmento para incrementar a economia nacional. “É uma atividade extremamente importante para o nosso turismo. Nos ajuda a atrair não só turistas estrangeiros, mas os brasileiros também! E é preciso que o brasileiro conheça e viaje pelo Brasil, para que nós tenhamos essa economia pujante”, ressaltou.

O presidente da CLIA Brasil, Marco Ferraz, ressalta que a Temporada 2022/2023 mostra a força do setor de cruzeiros. “Foi a maior dos últimos 10 anos. Mais leitos ofertados, mais cruzeiristas, mais roteiros e maior eficiência dos navios levaram a indústria de cruzeiros no Brasil a alcançar números recordes nesta temporada e mostrar sua força e alta capacidade de retomada”, disse Ferraz.

Os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes (sem contar as armadoras) foram: alimentos e bebidas (R$ 631,4 milhões), comércio varejista – despesa com compras e presentes – (R$ 618,4 milhões), seguido por transporte durante a viagem (R$ 508,9 milhões), transporte antes e/ou após a viagem (R$ 325,3 milhões), passeios turísticos (R$ 260 milhões), e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 93,8 milhões).
Além disso, o setor gerou R$ 546,2 milhões em tributos, nas esferas federal, estadual e municipal (esse índice ficou em 213 milhões na temporada anterior).

Perfil

O destino de preferência da maioria dos cruzeiristas (66,2%) que participaram da pesquisa é o litoral Nordeste. Cerca de 92% desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro, e 87% querem retornar ao destino de escala. Além disso, a ampla maioria dos entrevistados (78%) desceu em, pelo menos, uma parada do roteiro.
Quanto à frequência, 66,1% realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado de cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes.

De maneira geral, os cruzeiristas viajam acompanhados (98,9%), sendo os principais acompanhantes filhos e parentes (51,9%), cônjuge (24,7%), e amigos (19,5%). Com relação ao gênero, 60,8% são mulheres e 39,2%, homens. A maioria (61,4%) informou ser casados ou estar em união estável.

Sustentabilidade

A indústria de cruzeiros marítimos tem realizado investimentos e implementado diversos mecanismos para a redução de poluição e melhorias de eficiência na operação dos navios. Segundo a CLIA, as companhias marítimas associadas têm estabelecido metas ambiciosas, traçando o caminho para zerar a emissão de carbono até 2050.

“O presente é positivo e o futuro pode ser ainda mais promissor se conseguirmos melhorar a competitividade do setor no Brasil e América do Sul, sempre com responsabilidade e muito trabalho focado nas pessoas, no meio ambiente, no compliance e nas comunidades visitadas pelos navios”, completou Marco Ferraz.

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