A ferrovia, que atravessa 53 municípios nos três estados nordestinos, também terá impacto significativo na produção agrícola local FOTOS: Governo do Ceará

A Transnordestina, ferrovia estratégica para o desenvolvimento econômico da Região Nordeste, alcançou 71% de conclusão na Fase 1 das obras, com recursos assegurados para dar continuidade ao cronograma de construção no Ceará. A afirmação foi feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante visita técnica ao estado na quinta-feira (14), acompanhado por autoridades como o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e representantes do Banco do Nordeste e da Transnordestina Logística (TLSA).

A Transnordestina, com 1.206 km de extensão, atravessa os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco, conectando o sertão nordestino ao litoral e sendo considerada uma das principais obras de infraestrutura do Brasil. A ferrovia tem como objetivo transformar a região em um polo exportador e facilitar o escoamento de produtos como grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério, impulsionando a competitividade da economia local.

O ministro Rui Costa destacou que o projeto é prioridade do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos federais que viabilizaram a retomada das obras, interrompidas por alguns anos. A Transnordestina já recebeu mais de R$ 7,5 bilhões em recursos e empregou diversas pessoas durante sua execução. Para a conclusão da Fase 1, que vai de Paes Landim (PI) ao Porto do Pecém (CE), estão previstos aportes de R$ 3,6 bilhões, oriundos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE).

O governador Elmano de Freitas enfatizou o impacto positivo da ferrovia no Ceará, especialmente em termos de redução de custos logísticos e aumento da produtividade

O governador Elmano de Freitas enfatizou o impacto positivo da ferrovia no Ceará, especialmente em termos de redução de custos logísticos e aumento da produtividade. “A Transnordestina vai transformar essa região. Com a ferrovia, vamos conseguir transportar insumos mais baratos para a bacia leiteira e para outros produtores do estado, além de facilitar a exportação de produtos como calçados e grãos. Esse projeto vai atrair mais empresas para o Ceará, impulsionando a economia”, afirmou.

A conclusão da Fase 1 está prevista para 2027, e a Fase 2, que vai até 2029. A Transnordestina deverá também se integrar à ferrovia Norte-Sul, ampliando a conectividade entre os portos do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo, o que deve reduzir custos logísticos e facilitar o comércio entre as regiões.

A ferrovia, que atravessa 53 municípios nos três estados nordestinos, também terá impacto significativo na produção agrícola local, com terminais de carga planejados em locais estratégicos como a região entre Iguatu e Quixadá, no Ceará. Um dos objetivos é beneficiar não apenas grandes produtores de grãos, mas também pequenos e médios agricultores, promovendo a integração regional e melhorando a competitividade do setor produtivo.

A Transnordestina está sendo vista como um legado de crescimento para a região, com a expectativa de que, em breve, comece o transporte de carga interna no trecho entre Eliseu Martins (PI) e a bacia leiteira cearense, proporcionando ainda mais benefícios econômicos para o sertão nordestino.