
E-COMMERCE
Trump elimina isenção tarifária e afeta sites como Shein e Temu
Por Redação - Em 03/02/2025 às 11:58 AM

Com a mudança, a pressão recai sobre o modelo de negócios dessas plataformas, que competem diretamente com grandes varejistas FOTO: TV Brasil
As novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, atingem diretamente o comércio eletrônico, especialmente plataformas como Shein, Temu e AliExpress. A principal mudança é a extinção da isenção tarifária para pacotes de baixo valor, conhecidos como “minimis”, que permitia que produtos com valor inferior a US$ 800 entrassem nos Estados Unidos sem tarifas. Isso favorecia varejistas chineses que, como a Shein e a Temu, enviam produtos diretamente aos consumidores americanos.
Com a eliminação dessa isenção, essas empresas, que oferecem produtos mais baratos e com prazos de entrega mais longos, enfrentarão novos custos. A Temu, por exemplo, que cresceu rapidamente nos EUA, já está ajustando sua estratégia ao enviar mais mercadorias a granel e pagar tarifas para armazená-las em depósitos próximos às grandes cidades, reduzindo o impacto nos prazos de entrega.
Essa mudança vem em resposta a uma crescente preocupação com a perda de receita tarifária e a dificuldade de fiscalizar produtos, como o fentanil, que entram no país sem serem detectados. Segundo autoridades americanas, o comércio eletrônico com pacotes de baixo valor tem sido um canal difícil de monitorar, permitindo que substâncias ilegais escapem da alfândega.
Empresas como Shein e Temu, que se destacam pelos preços acessíveis, representam uma parte significativa das importações por meio da brecha dos “minimis”, que, em 2024, somaram cerca de US$ 48 bilhões. A remoção dessa isenção pode afetar mais fortemente os consumidores de baixa renda, que são os principais beneficiados pelos descontos oferecidos por esses sites.
Com a mudança, a pressão recai sobre o modelo de negócios dessas plataformas, que competem diretamente com grandes varejistas como Amazon. A medida de Trump, que entra em vigor na terça-feira (4), reflete também uma tentativa de responsabilizar China, Canadá e México por questões relacionadas ao comércio ilegal e à imigração nas fronteiras dos EUA.
Mais notícias


Radar econômico
