ESTADOS UNIDOS
Trump reitera ameaça de tarifas à China e critica apoio militar à Ucrânia
Por Redação - Em 24/01/2025 às 1:30 PM
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última quinta-feira, 23, que preferiria não impor tarifas à China, mas não descartou a possibilidade de aumentar a taxação sobre produtos fabricados no país asiático. Em entrevista à Fox News, Trump destacou o poder que os EUA exercem sobre a China por meio das tarifas, enfatizando que o governo chinês “não quer as tarifas”. “Nós temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas. E eles [China] não querem as tarifas”, afirmou. O republicano ainda ressaltou que, embora preferisse não ter que usar esse recurso, as tarifas continuam sendo uma ferramenta significativa no relacionamento entre as duas potências.
Em relação à China, Trump mencionou uma conversa recente e “amigável” com o presidente chinês, Xi Jinping. “Eles [China] são um país muito ambicioso, Xi é um homem ambicioso. Tínhamos um relacionamento muito bom”, disse Trump, referindo-se ao período em que esteve na Casa Branca de 2017 a 2021. O ex-presidente também ressaltou que a China recebe “muito dinheiro da América”, um ponto recorrente em sua retórica econômica.
Posições sobre a Ucrânia e Coreia do Norte
Durante a mesma entrevista, Trump também reafirmou sua posição contrária ao apoio militar dos Estados Unidos à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Ao comentar sobre a situação no leste europeu, Trump sugeriu que o presidente ucraniano Volodimir Zelenski deveria ter buscado um acordo com Moscovo, em vez de optar pela resistência. “Primeiramente, ele [Zelenski] está lutando contra uma entidade muito maior. Muito maior”, disse Trump, sugerindo que os Estados Unidos poderiam ter mediado um acordo entre os dois países. “Eu poderia ter feito esse acordo tão facilmente, e Zelenski decidiu, ‘Eu quero lutar'”, completou.
A posição de Trump contrasta com a postura do governo Biden, que tem fornecido apoio militar e financeiro contínuo à Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. O ex-presidente, conhecido por seu estilo de diplomacia agressiva, parece dispor de uma visão mais isolacionista, questionando a continuação do envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito.
Por fim, ao ser questionado sobre a Coreia do Norte, Trump reforçou sua intenção de retomar o diálogo com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Trump descreveu Kim como um “cara inteligente” e disse que se dava bem com ele. “Ele não é um fanático religioso”, acrescentou, lembrando o período em que se encontrou pessoalmente com o líder norte-coreano durante sua presidência.
Essas declarações de Trump ocorrem em meio à preparação para a eleição presidencial de 2024, com o ex-presidente buscando reconquistar o apoio do eleitorado americano, especialmente em questões de política externa e comércio internacional.