Trump justificou a suspensão das tarifas dizendo que seu objetivo era “ajudar o México e o Canadá”, ressaltando a importância econômica dos vizinhos comerciais para os Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesse domingo (9), que as tarifas de importação aplicadas ao México e ao Canadá podem ser elevadas no futuro. Em uma entrevista ao canal Fox News, Trump destacou que as taxas poderiam subir com o tempo. “As tarifas podem subir com o passar do tempo, elas podem subir mais”, declarou o presidente em resposta à questionamento sobre a previsibilidade das políticas tarifárias de seu governo, especialmente em meio a recentes anúncios e recuos nas últimas semanas.

Na última quinta-feira (6), o governo norte-americano decidiu suspender, até o dia 2 de abril, as taxas de 25% sobre produtos provenientes do México e do Canadá, que haviam sido impostas dias antes. O Canadá, por sua vez, anunciou retaliações igualmente severas, enquanto o México se comprometeu a divulgar suas próprias medidas de resposta no domingo (9).

Trump justificou a suspensão das tarifas dizendo que seu objetivo era “ajudar o México e o Canadá”, ressaltando a importância econômica dos vizinhos comerciais para os Estados Unidos. “Nós somos um país muito, muito grande, e eles fazem muitos de seus negócios conosco”, disse o presidente, também mencionando seu interesse em apoiar a indústria automobilística americana, que depende de peças importadas de ambos os países.

Apesar da suspensão temporária, Trump não descartou a possibilidade de ações futuras. “Em 2 de abril, se torna recíproco, o que eles cobrarem de nós, nós cobraremos deles”, afirmou, indicando que as tarifas poderiam ser restabelecidas com mais intensidade caso os países vizinhos adotem medidas retaliatórias. O presidente também destacou que a pausa nas tarifas é uma “decisão de curto prazo”, visando apoiar tanto as montadoras norte-americanas quanto o acordo comercial USMCA, firmado durante seu primeiro mandato.

Além disso, Trump aproveitou a oportunidade para criticar o que chamou de “grandes globalistas”, alegando que, por anos, os Estados Unidos foram prejudicados por acordos internacionais e práticas de comércio que favoreceram outras nações e empresas estrangeiras. “O que nós vamos fazer é apenas tomar de volta, tomar muito de volta”, prometeu.

Por fim, o presidente dos EUA afirmou que está trabalhando em uma legislação que incluirá incentivos fiscais internos, com o objetivo de fortalecer a economia norte-americana e garantir que os Estados Unidos voltem a ter uma posição comercial vantajosa no cenário global.